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Quinta, 16 Novembro 2017 17:19

Governo alerta polícia angolana para aumento da criminalidade através das redes sociais

O ministro do Interior angolano afirmou hoje que a principal preocupação da Polícia Nacional de Angola deve ser Luanda, que tem sete milhões de habitantes, alertando ainda para um previsível aumento da criminalidade pelas redes sociais.

Ângelo da Veiga Tavares falava em Luanda, na abertura, hoje, da reunião ordinária do conselho consultivo da Polícia Nacional de Angola, de dois dias, tendo defendido a necessidade de ter uma força policial "moderna e adaptada à realidade de cada momento, vigorosa no combate à criminalidade", mas também "respeitadora dos direitos humanos".

Segundo o responsável, é preciso "uma melhor capacidade de controlo das fronteiras e de combate à imigração ilegal, em estreia colaboração com as demais forças e serviços de segurança".

Numa altura em que a capital volta a ser notícia por crimes violentos, com vários casos divulgados nas últimas semanas, o governante angolano estabeleceu Luanda como prioridade.

"A nossa grande preocupação deve ser a província de Luanda. Pelas razões múltiplas que são por todos nós conhecidas. E as áreas onde devemos dedicar a devida atenção devem ser as esquadras e os postos policiais, porque depois são essas que têm uma interação mais direta com a população", afirmou o ministro Ângelo da Veiga Tavares.

O caso mais recente ocorreu na terça-feira, no centro de Luanda, quando os corpos de cinco jovens, com cerca de 20 anos, atingidos por armas de fogo, foram encontrados por populares.

Embora sem adiantar mais informação, o governante pediu igualmente a atenção da polícia para a criminalidade através das redes sociais, admitindo previsível aumento a curto prazo.

"Temos de estar preparados e saber lidar com os ataques que infelizmente vão ocorrendo ao nível das redes sociais, e dos dados que dispomos haverá nos próximos tempos alguma tendência para esses ataques serem mais acentuados. Não nos devemos precipitar e muito menos deixar de realizar o nosso trabalho com o vigor que é requerido", desafiou.

Falando sobre os recursos humanos da Polícia Nacional, o ministro apelou a um maior rigor da corporação, "desde a admissão à progressão na carreira".

"Devemos também explorar melhor as capacidades humanas do nosso Instituto Superior de Polícia e não deixar que esta seja apenas uma instituição de formação, mas que se transforme num verdadeiro centro de estudos para as distintas matérias de interesse policial e não só", apontou ainda.

Nesta reunião do conselho consultivo vai ser abordada, até sexta-feira, na sede do Ministério do Interior, a atividade da Polícia Nacional em 2017.

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