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Segunda, 06 Novembro 2017 17:42

Fábricas de cimento FCKS e CIF vão adquirir combustível na Refinaria de Luanda e deixaram de depender da Nova Cimangola

MINISTRO DA CONSTRUÇÃO E OBRAS PÚBLICAS, MANUEL TAVARES DE ALMEIDA MINISTRO DA CONSTRUÇÃO E OBRAS PÚBLICAS, MANUEL TAVARES DE ALMEIDA

 As fábricas de cimento, paralisadas devido à falta do combustível Heavy Fuel Oil (HFO), poderão adquirir este produto na Refinaria de Luanda a partir do dia 10 deste mês, deixando de depender apenas da empresa Nova Cimangola, que até então era a principal fornecedora deste combustível.

O facto foi revelado esta segunda-feira, em Luanda, pelo ministro da Construção e Obras Públicas, Manuel Tavares de Almeida, no final de uma jornada de campo da Comissão Multissectorial para o Cimento à Nova Cimangola e à Refinaria de Luanda, tendo considerado uma boa nova para as cimenteiras do país, que poderão minimizar a escassez do cimento no mercado nacional.

Referiu que a jornada de campo permitiu perceber, localmente, o estado funcional destas instituições, que produzem matérias-primas indispensáveis para a construção civil, bem como serviu para receber garantias por parte da direcção da Refinaria de Luanda do fornecimento do combustível HFO às fábricas de cimento a partir deste mês, sem necessidade de passarem pela Cimangola.

"A linha que fornecia o combustível HFO à Cimangola actualmente foi bifurcada em dois pontos, que servirão para abastecer a fábrica de cimento da China International Fund (CIF), em Luanda, e a Fábrica de Cimento do Kwanza Sul (FCKS)", explicou.

Augurou que, com a disponibilidade deste combustível às fábricas, seja restabelecido o fornecimento do cimento ao mercado nacional com o preço estabilizado.

Quanto à visita efectuada à Nova Cimangola, o ministro disse que se inteirou do funcionamento da unidade fabril, que está a trabalhar na normalidade, produzindo dentro das suas capacidades instaladas, tendo em conta que esta fábrica não funciona com o combustível HFO, mas com carvão mineral.

Fizeram parte da jornada de campo, o secretário de Estado do Comércio, Amadeu Leitão Nunes, secretário de Estado da Indústria, Ivan Magalhães do Prado, director do gabinete de Inspecção do Ministério da Construção e Obras Públicas, Manuel Victor, entre outras individualidades, que durante a visita reuniram, em privado, com as direcções das respectivas empresas, sob orientação do ministro Manuel Tavares de Almeida.  

Por seu turno, o director de Relações Institucionais da Nova Cimangola, Manuel Júnior, garantiu que a fábrica continua a produzir de acordo com a capacidade instalada, produzindo seis mil toneladas por dia, correspondente cerca de 120 mil sacos/dia, quantidade que não satisfaz a demanda do mercado, tendo em conta a paralisação das duas unidades fabris.

Afirmou que a Nova Cimangola sempre esteve disponível a negociar com as outras fábricas, no sentido de fornecer o combustível HFO, mas a resolução desta questão tem dependido também do interesse das outras empresas, que nem sempre respondem satisfatoriamente as negociações.

O combustível HFO é o principal produto utilizado nas unidades fabris para produção do clinquer, matéria-prima fundamental para o fabrico do cimento.

Com a escassez do cimento no mercado nacional, o preço deste produto continua alto, variando dos dois a três mil kwanzas por cada saco, no mercado informal, e 1.200 kwanzas na fábrica Cimangola.

Fazem ainda parte da indústria cimenteira do país as fábricas Secil Lobito, Cimenfort (Benguela), a CIF (Luanda) e a Fábrica de Cimento do Kwanza Sul (FCKS), estando as duas últimas encerradas, devido à falta do HFO.

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