Falando à TPA, a filha do Chefe de Estado cessante e presidente do conselho de administração da Sonangol lembrou que a transição política que se vive hoje em Angola acontece numa altura em que o país vive "talvez uma das crises mais difíceis que já teve".
Apesar das adversidades, Isabel dos Santos antevê um "futuro risonho" para o país, apontando aquelas que considera serem as prioridades para o novo ciclo de governação.
"Nestes próximos anos terá de haver muito foco na criação de emprego, na criação de oportunidades, sobretudo em garantir a confiança aos investidores para voltarem ao nosso país", assinalou a empresária, sublinhando que os investimentos privados têm um papel central na recuperação da economia.
Não apenas os estrangeiros, mas também os nacionais, a quem se deve devolver a confiança para "voltarem a poder reconstruir as suas empresas".
Sobre o contributo da Sonangol, Isabel dos Santos adiantou que a petrolífera nacional está "ainda num período de reestruturação".
"O que temos vindo a fazer é continuar a melhorar a eficácia da empresa. Vamos tentar contribuir mais para a diversificação económica e para os cofres do Estado", antecipou.
Numa ligeira alteração ao guião dos elogios ao quase ex-Presidente de Angola, Isabel dos Santos, tratando o seu pai por "camarada Presidente" e "sr. engenheiro José Eduardo dos Santos", sublinhou como seu legado a dimensão de "arquitecto da paz", mas essencialmente o trabalho desenvolvido no sentido de fazer de Angola um país "moderno" onde foram criadas "oportunidades e confiança" na economia e nos negócios. (NJ)
