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Sexta, 16 Setembro 2016 08:17

Reclusas no Kwanza Sul denunciam que são obrigadas a fazer sexo em troca da amnistia

Após a divulgação de imagens que mostram a falta de água e de alimentação em várias cadeias de Luanda pelo activista Nuno Álvaro Dala, o grito de socorro vem agora da Prisão do Kwanza Sul, em que as reclusas dizem ser obrigadas a fazer sexo com responsáveis do estabelecimento para poderem sair em liberdade ao abrigo da lei da amnistia.

O porta-voz da Direcção Nacional dos Serviços Prisionais promete investigar as denúncias para saber da sua veracidade ou não, mas diz que as fotos da Cadeia de Viana, em Luanda, são antigas, e que o problema está ultrapassado há cerca de seis meses

Nem o Ministério do Interior, nem a Procuradoria Geral da República se pronunciaram sobre as recentes denúncias de falta de água e alimentação nas cadeias de Luanda.

Entretanto, agora são as reclusas da Prisão do Kwanza Sul a denunciar que são obrigadas a ter sexo com os chefes dos Recursos Humanos e Controlo Penal para poderem sair em liberdade ao abrigo da nova lei da amnistia.

Elas falaram com a VOA, mas preferiram não se identificar por temerem represálias.

Contactado pela VOA, o porta-voz da Direcção Nacional dos Serviços Prisionais Meneses Cassoma começou por afirmar que vai ser aberto um inquérito para averiguar as denúncias.

“Nós, em torno dessas situações todas, vamos depoletar um processo de inquerito para apurar a vercidade dos factos porque por via de regra nenhuma reclusa fica nove meses na cadeia", explicou.

Quanto às fotos da Cadeia de Viana divulgadas pelo activista, Meneses Cassoma disse que elas têm mais de seis meses e garante que a situação é diferente desde então.

“Em Março e Abril despoletamos uma acção a favor aos reclusos que estão no bloco E, que têm atendimento médico e um programa de alimentação que inclui papas nutricionais, que já vai em cerca de seis meses”, garantiu Meneses Cassoma.

VOA

 

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