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Quarta, 18 Mai 2016 06:53

Embaixada da China nega participação de máfias chinesas nos crimes em Angola

Cui Amin, embaixador chinês em Angola [ Rogério Tuti/JAImagens ] Cui Amin, embaixador chinês em Angola [ Rogério Tuti/JAImagens ]

A embaixada da China em Angola rejeitou, ontem, as insinuações que atribuem a uma suposta máfia chinesa os recentes casos de sequestros, homicídios e extorções a cidadãos chineses na capital angolana. Numa nota enviada a OPAÍS, a embaixada chinesa em Luanda considera que os seus cidadãos são as principais vítimas estrangeiras dos recentes casos de sequestro ocorridos em Angola e aproveitou para manifestar “forte descontemento” com informações tendentes a demonstrar o contrário. Para a embaixada da China, tais informações constituem uma tentativa de “sabotar a imagem dos cidadãos chineses e difamar a cooperação amistosa sino-angolana”.

Considera que “tanto a parte chinesa como a parte angolana atribuem alta importância e empenho nos esforços activos para a investigação e esclarecimento destes casos criminosos”. A representação diplomática esclarece que, para o combate conjunto à criminalidade, a China e Angola estabeleceram um mecanismo de cooperação policial. “No decurso desta cooperação, a parte chinesa insiste no princípio de não ingerência nos assuntos internos e de respeito pela soberania e poder dominante da parte angolana e mantém a convicção de que a Polícia angolana é capaz de resolver bem a questão da segurança pública”, refere a nota. 

A embaixada chinesa garante que tanto o Governo como os cidadãos do seu país apoiam “firmemente” o esforço da Polícia angolana no combate ao crime para fortalecer a segurança pública. “O Governo chinês não tolera de forma alguma nenhum os crimes perpetrados por cidadãos chineses e está disposto a estreitar a cooperação com a parte angolana para os combater. Isto é a atitude que a parte chinesa já manifestou à parte angolana por muitas vezes”, esclarece. 

A nota destaca a contribuição da comunidade chinesa em Angola no esforço do combate ao crime com o início recente de patrulhas conjuntas de segurança nas zonas com maior concentração de empresas chinesas e de alto risco de criminalidade. Tal acção, segundo a fonte, ajudou a reduzir em certa medida a ocorrência de casos criminosos naquelas zonas e salvaguardar a segurança da comunidade tanto chinesa como local. 

“É necessário apontar que, com o esforço conjunto da parte chinesa e angolana, a cooperação sino-angolana conheceu rápido desenvolvimento e alcançou grande êxito nos últimos anos. As empresas e cidadãos chineses participaram activamente no processo de reconstrução pós-guerra de Angola e desempenharam um papel importante na promoção do desenvolvimento económico e social de Angola”, sublinha. 

Para a embaixada chinesa, a cooperação sino-angolana baseia- se na igualdade, benefício mútuo e desenvolvimento comum, sendo elogiada “amplamente” pelo Executivo e pela sociedade angolana. “Os factos comprovam que, a cooperação sino-angolana conforma-se com a corrente da época caracterizada pela paz, desenvolvimento, cooperação e ganhos recíprocos aos interesses fundamentais dos dois países e povos. Os frutos alcançados não podem ser negados por existir alguma calúnia e acusação com intenções encobertas”, esclarece a nota.

© OPAÍS

 

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