Além do material de propaganda, Eugénio Laborinho disse terem sido igualmente encontradas na base desta seita ilegal, fundada pelo cidadão nacional José Julino Kalupeteka, detido na sexta-feira, armas de fogo e respectivas munições e diversos documentos que estão a ser analisados pelos órgãos de investigação.
Coincidentemente, disse o secretário de Estado do Interior, o local onde estavam concentrados cerca de dois mil seguidores do auto-denominado profeta, Kalupeteka, era, no tempo da guerrilha nacional, uma base logística da Unita.
"Temos informações de que este local foi, no passado, base logistica do partido Unita e também confirmamos de que o fundador desta seita foi soldado das forças militares deste mesmo partido. Todavia, vamos deixar esta situação para os órgãos de justiça. Tenha ou não ligações com a Unita, sabemos que vai ser responsabilizado pelos assassinatos ocorridos na quinta-feira", informou.
Eugénio Laborinho garantiu, no entanto, que a ordem foi restabelecida na Serra Sumé e nas aldeias adjacentes, tendo confirmado, também, que um bom número de pessoas que ali se encontravam, incluindo crianças, foram resgatadas e estão a receber apoios do governo e algumas, infelizmente, continuam foragidas.
Esta manhã deslocou-se ao local, onde na quinta-feira foram assassinados nove membros da Polícia Nacional, uma delegação multi-sectorial ordenada pelo Presidente da República, José Eduardo dos Santos. Integraram a mesma o secretário de Estado do Interior, o 2º comandante-geral da Polícia Nacional, Comissário-Chefe Paulo de Almeida, e o chefe de Estado Maior General adjunto para a Educação Patriótica das Forças Armadas Angolanas, general Egídio de Sousa Santos.
ANGOP