De acordo com o coordenador interministerial francês do programa Galileo, os satélites deveriam atingir uma órbita circular a 23 mil quilômetros de altitude, mas foram parar em uma órbita elíptica de 17 mil quilômetros. Suspeita-se que a quantidade de combustível tenha sido insuficiente, mas uma comissão será formada na segunda-feira para investigar o caso.
“A decolagem e a primeira parte da missão se desenvolveram de maneira normal, levando a uma separação dos satélites como previsto, e à recepção do sinal”, indicou a empresa Arianespace em um comunicado.
Quase quatro horas depois do lançamento, que aconteceu às 9h27 da manhã de ontem em Kouru, na Guiana Francesa, os dois satélites se separaram da sonda para juntar-se aos outros quatro já lançados.
“Foi após a separação dos satélites, e em períodos diferentes, que a exploração progressiva de informações revelou que a órbita atingida não estava de acordo com a esperada”, acrescentou a Arianespace no documento, afirmando que o dois satélites estão com posicionamentos estáveis e não apresentam nenhum risco para as populações.
Atrasos e prejuízos constantes
Pelos planos iniciais, os primeiros serviços do sistema Galileo, que já custou 5 bilhões de euros à Comissão Europeia, seriam oferecidos já no fim de 2014. Em 2018, ele estaria completamente operacional.
Concebido para concorrer com o sistema americano Global Positioning System (GPS) e o russo Glonass, o programa Galileo teria,em princípio, um custo estimado em € 3,2 bilhões e os trabalhos começariam em 2008. Mas, desde o início, o programa sofre com atrasos e, consequentemente, aumentos de preço. Os primeiros satélites foram lançados só em outubro de 2011.
RFI