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Sexta, 01 Dezembro 2017 18:25

Funcionários da PGR suspendem greve enquanto negoceiam

O sindicato dos funcionários da Procuradoria-Geral da República (PGR) de Angola decidiu hoje suspender a greve convocada para segunda-feira, 04 de dezembro, em consequência de uma reunião entretanto solicitada pela direção daquele órgão.

A informação foi avançada à agência Lusa pelo secretário-geral do Sindicato Nacional dos Técnicos de Justiça e Administrativos da PGR de Angola, Elias Pinto, afirmando que a reunião agendada para terça-feira será a sequência de uma reunião que teve início na quinta-feira.

"Tivemos um encontro ontem [quinta-feira], mas não terminou e vamos dar sequência na terça-feira, uma vez que segunda-feira não vamos parar por termos algumas coisas por acertar", disse.

Segundo o sindicalista, a ausência do país do Procurador-geral da República, João Maria de Sousa, também levou à da realização da reunião na terça-feira, 05 de dezembro.

Os funcionários da PGR de Angola convocaram esta semana nova paralisação dos serviços daquela instituição, reivindicando diplomas sobre remunerações, reconversão e promoção de categorias, agora condicionada à reunião de terça-feira.

Depois de já terem cumprido 15 dias de greve em julho último, o anúncio de nova greve, disse Elias Pinto, levou o procurador-geral da República, a "prometer" responder a "algumas preocupações dos funcionários".

Aquele sindicato acusou, na semana passada, a direção daquela instituição de "gestão enganosa contra os funcionários" pelo atraso, de anos, na aprovação de diplomas, com pretensões mesmo de processar a direção da PGR.

"Conversei com o grupo que represento e recomendaram que se instaure um processo-crime contra a direção da PGR, pelo tempo que eles nos estagnaram, nos roubaram, nos prejudicaram, em função da não aprovação dos nossos diplomas, da não promoção dos funcionários ao longo dos anos", disse, na ocasião, Elias Pinto.

O sindicalista criticou ainda a gestão do procurador-geral da República, general João Maria de Sousa, que termina o mandato de este mês, ao fim de 10 anos.

"Aconteceram prisões arbitrárias, engavetaram processos, não aconteceram promoções", exemplificou, referindo ainda a "falta de veículos dos funcionários para as diligências" da procuradoria.

O procurador-geral da República de Angola, João Maria de Sousa, assumiu em outubro passado que é necessário o reforço do número de magistrados e funcionários do Ministério Público, bem como a melhoria das de instalações, dos serviços e dos transportes para as diligências.

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