O caso mais recente, segundo o juiz, ocorreu há oito dias. Foi um assalto à residência de uma procuradora. Da investida os assaltantes levaram documentos, telemóveis e um computador portátil.
Félix Sebastião, que falava no acto de abertura da IV Reunião da Comissão Provincial de Coordenação Judicial, sustentou que as perseguições podem estar a ser perpetradas por pessoas que suspeitam estar sob investigação em casos, sobretudo, de corrupção.
Daí que “tentam, a todo custo, apagar as provas”, frisou. Diante disso, e tendo em conta que os magistrados continuam desprovidos de segurança pessoal, o juiz alertou sobre o risco de vida que os magistrados correm. Segundo Félix Sebastião, se localmente não é possível resolver o problema (segurança pessoal dos magistrados) é necessário que se faça recurso às estruturas centrais, para evitar que o pior aconteça.
Félix Sebastião pediu coragem aos procuradores na investigação contra quem quer que seja, tendo consciência de que as actividades que desenvolvem não agradarão a muitos. Pediu a observância dos princípios da presunção de inocência, direito ao bom nome e imagem.