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Quarta, 05 Setembro 2018 14:11

Angolanos e chineses entre os 18 mortos em colisão de comboios

O segundo comandante do Serviço de Proteção Civil e Bombeiros do Namibe revelou que os 18 mortos incluem jovens que trabalhavam no serviço de manutenção dos caminhos-de-ferro e os quatro maquinistas, dois deles chineses, que conduziam ambos os comboios.

Governo criou comissão de inquérito para apurar causas do acidente ferroviário que matou 18 pessoas

O Governo angolano criou uma comissão de inquérito para averiguar as causas do acidente ferroviário ocorrido na terça-feira no sul de Angola, que provocou 18 mortos e 14 feridos, dez deles em estado grave, disse hoje fonte oficial.

A informação foi avançada hoje pelo ministro dos Transportes de Angola, Ricardo de Abreu, no final de uma visita que fez ao hospital central do Lubango, província angolana da Huíla, para avaliar o estado dos feridos do acidente, garantindo apoio às vítimas e aos familiares.

“Constituímos uma outra comissão de inquérito para apurar as responsabilidades desse incidente, são questões que fazem parte do sector da actividade em que estamos, o sector dos Transportes tem esta característica”, disse aos jornalistas.

O governante acrescentou igualmente que é preciso assegurar que o país tem “os meios e mecanismos implementados para mitigar o risco desse tipo de ocorrência”.

O segundo comandante dos Serviços de Protecção Civil e Bombeiros no Namibe, Simão João Faísca, disse hoje que o número de mortes provocadas pela colisão de duas locomotivas no sul de Angola subiu para 18, na sua maioria cidadãos angolanos e chineses, havendo ainda 14 feridos, dez deles em estado grave.

Quatro maquinistas - dois angolanos e dois chineses - morreram, bem como vários jovens que se encontravam a trabalhar no serviço de manutenção da linha férrea dos Caminhos de Ferro de Moçâmedes (CFM).

O acidente ocorreu na terça-feira ao quilómetro 150 do troço que liga o Namibe a Bibala, próximo da localidade de Muninho e deveu-se a erro humano.

Ricardo de Abreu adiantou ainda que o Governo criou também uma comissão para apoiar a realização de funerais condignos às vítimas e acompanhamento psicológico às famílias.

“Já desencadeámos a criação desta comissão que visa o apoio às famílias dos sinistrados, quer as enlutadas, quer as dos que se encontram em recuperação e a mesma está já a trabalhar”, acrescentou.

O Governador do Namibe, Carlos Rocha da Cruz, admitiu que o número de mortes pode subir, já que existem feridos graves.

"Aguardamos por uma equipa do Instituto Nacional dos Caminhos-de-Ferro de Angola (INCFA), que, nestas circunstâncias, desencadeia um inquérito para apurar as reais causas", disse, indicando que a circulação de comboios entre o Lubango e o Namibe está suspensa até que se removam as duas composições.

O Presidente angolano, João Lourenço, manifestou-se hoje consternado o acidente, considerando que se tratou de um "acontecimento trágico", em que várias famílias ficaram enlutadas.

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