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Quarta, 11 Julho 2018 14:57

Polícia apresenta supostos assassinos de Carlos de Oliveira

Três cidadãos angolanos, acusados de terem morto a tiro Carlos Albano de Oliveira, no dia 24 de Junho, no interior da sua residência, no bairro Mundial, município do Belas, foram apresentados hoje (quarta-feira), em Luanda, à imprensa pelo Serviço de Investigação Criminal (SIC).

Para além dos supostos assassinos terem morto o homem, violaram sexualmente a esposa da vítima na presença dos filhos menores. Em declarações a impressa, Leandro, que já tem passagem pela polícia por roubo, furto e ofensas corporais, contou os detalhes de mais um crime que chocou a sociedade luandense.

Segundo a versão do autor do assassinato, ele e os seus comparsas encontravam-se embriagados e drogados, depois de uma maratona no bairro do Rocha Pinto, no município da Samba.

"O nosso dinheiro acabou durante o convívio, então, decidimos sair para encontrar alguém para assaltar", explica.

"Vimos uma casa bonita com carros no quintal. O meu amigo disse "esse cota tem dinheiro, a casa é muito luxuosa, vamos entrar e obrigá-los a dar-nos dinheiro"", afirmou.

O homicida e violador relatou ainda que a vítima despertou devido ao barulho que os mesmos fizeram quando entraram no interior da casa na calada da noite.

"Naquele momento tirei a arma e pedi-lhe para nos dar todo o dinheiro que tinha em casa, ele mostrou resistência e começou a lutar com os meus amigos, um dos meus amigos puxou da faca e esfaqueou-o por duas vezes", contou.

"A mulher e os filhos acordaram por causa da intensidade do barulho, ela tentou meter-se na confusão, empunhei a arma e fiz o primeiro disparo sobre o marido. Depois, o meu amigo disse "vamos matar todos porque ele não tem dinheiro". Aí eu disse "não, mas vamos violar a mulher e acabar de matar o marido"", contou, acrescentando que a mulher foi violada em frente aos filhos.

"Depois de violarmos a senhora, demos mais um tiro ao marido para acabar de matá-lo", concluiu.

Com a detenção dos três suspeitos, o SIC conseguiu esclarecer 20 outros crimes praticados pelo mesmo trio, onde constam os roubos seguidos de violações sexuais, inclusive a menores de idade.

Em declarações à imprensa, o director do gabinete de Comunicação Institucional e Imprensa da delegação provincial do Ministério do interior, Mateus Rodrigues, referiu que os detidos confessaram que circulavam, de forma ocasional, pelo bairro e pelas características da residência elegeram a mesma para o cometimento do crime.

Quanto aos grupos criminosos supostamente de nacionalidade congolesa que realizam actos delituosos no município do Cazenga, o intendente disse que em função dos relatos criminais naquele município, a Polícia Nacional está a fazer um trabalho para repor a ordem e tranquilidade.

Durante a operação, realizada entre 21 de Junho até 10 deste mês, o SIC deteve 75 cidadãos suspeitos da prática de crimes diversos, com destaque para o roubo de viaturas, motorizadas, valores monetários, burla, falsificação de moeda estrangeira, violações sexuais e posse ilegal de arma de fogo.

Foram apreendidas 24 armas de fogo de diferentes calibres e recuperadas 11 viaturas, das quais duas foram já entregues aos respectivos proprietários.

Questionado sobre as acusações da família de Lucas Chivukuvuku, Mateus Rodrigues referiu que não há o que comentar, “são factos, a polícia apresentou uma informação e estão a contrapor a informação da Polícia. É um pouco estranho, porque os familiares não são peritos criminais”.

Segundo o oficial, a interpretação do resultado de investigação criminal cabe a peritos criminais e a Polícia Nacional já passou o caso para o Ministério Público. ANGOP\NJ

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