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Quinta, 24 Mai 2018 19:19

Administradora municipal criticada por contratar familiares

CUANZA NORTE- TERESA DA COSTA, NOVA PRIMEIRA SECRETÁRIA MUNICIPAL DO MPLA NO GOLUNGO ALTO CUANZA NORTE- TERESA DA COSTA, NOVA PRIMEIRA SECRETÁRIA MUNICIPAL DO MPLA NO GOLUNGO ALTO

Os munícipes do Golungo Alto, na província angolana do Cuanza Norte, acusaram hoje a administradora local de práticas de "nepotismo e apropriação de residências públicas para benefício pessoal", as quais são negadas pela responsável.

A situação, relatada na imprensa local, está a criar mal-estar no município, com várias denúncias de a administradora ter colocado no elenco administrativo "sobrinhos, filhos e amigas".

Em declarações à Lusa, a administradora municipal do Golungo Alto, Teresa António da Costa, negou "categoricamente" as acusações, afirmando "não se tratar de um ato de nepotismo", mas admitindo que contratou "pessoas muito próximas e de confiança" para a auxiliarem.

"Levei algumas pessoas para me auxiliar porque é necessário que alguém quando vai num local onde nunca viveu tem de ir com alguém para te cuidar. E num palácio da administração não vou meter qualquer pessoa que não conheço, não é possível", explicou.

"Nós somos africanos, quando a gente substitui os outros, os outros as vezes pensam que nós é que lhe tiramos do poder, então a pessoa tem que ter esta precaução. Agora nepotismo como dizem, comigo não existe", observou ainda.

Há dois anos no cargo, Teresa António da Costa disse ainda que quando chegou àquela administração "levou apenas seis pessoas, entre elas duas noras, uma prima, uma sobrinha e outras pessoas próximas", reiterando serem "pessoas da sua confiança".

"Apenas levei comigo seis pessoas, três que estão no palácio e outras três que funcionam no meu gabinete, que são a diretora do meu gabinete, um assessor do gabinete e a minha secretária", realçou, argumentando "nunca" ter exonerado qualquer funcionário na sua gestão.

"Como o Estado não consegue dar emprego a todo mundo, estão a reclamar porque querem emprego e isso não é possível para todo mundo", observou.

Os munícipes locais acusam ainda a administradora de se apossar das residências de um dos bairros do município, situação que segundo relatam tem provocado mau ambiente de trabalho na administração.

No entanto, a responsável nega igualmente as acusações, sublinhando não ter dinheiro para adquirir residências naquela localidade: "As residências pagam-se, elas são 200 de uma zona habitacional. Eu, filha de camponês, onde vou encontrar dinheiro para pagar quatro milhões de kwanzas [14.000 euros] a cada residência daquelas", ironizou.

O Golungo Alto é um dos dez municípios da província angolana do Cuanza Norte.

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