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Domingo, 06 Mai 2018 20:44

Movicel revela incapacidade para aumentar salario na ordem dos 75%

A direcção geral da Movicel Telecomunicações afirmou que, apesar de entender a importância da concessão de reajustes e benefícios aos trabalhadores, não pode atender agora a imposição do sindicato do aumento salarial generalizado na ordem dos 75 por cento.

Em comunicado, a direcção geral da Movicel explicou que essa reivindicação imposta pelo sindicato se for levada cabo pode colocar em risco o pagamento pontual dos salários dos trabalhadores, gerando atrasos sucessivos no seu processamento, situação esta que agravaria mais o já difícil ambiente produtivo.

Em contrapartida, a direcção da empresa de telefonia móvel refere que foi, mais uma vez, colocada a melhoria da remuneração dos trabalhadores através da avaliação do desempenho e progressão na carreira, mecanismo já em curso na instituição.

Na nota, surgida na sequência do anúncio da realização de uma greve por de trabalhadores da Movicel a partir de segunda-feira, a direcção da operadora nega a propalada falta de diálogo.

A direcção geral esclarece que a Movicel, de um tempo a esta parte, atravessa um período difícil, o que resultou na decisão dos seus accionistas, em Dezembro de 2014, de submeterem a empresa a um processo de reestruturação, visando a reversão da situação, sua revitalização e o crescimento da sua quota de mercado.

A Direcção da Movicel, cita o documento, está consciente dos anseios dos seus trabalhadores, e apesar das dificuldades e da difícil conjuntura geral da economia nacional, atendeu ao pedido formulado para que fosse feito o reajuste dos subsídios de alimentação e de transporte dos colaboradores, o acréscimo do subsídio de óbito em 33% e a introdução da dispensa laboral por ocasião do aniversário.

A direcção da empresa também atendeu à exigência do sindicato para a implementação de um novo classificador salarial e do regime de progressão na carreira, uma vez que para Movicel a valorização dos recursos humanos constitui um dos objectivos principais do processo de reestruturação.

“É assim que na sequência da apresentação de mais um Caderno Reivindicativo este ano, a direcção da Movicel, impregnada de boa-fé, através dos seus representantes realizou encontros nos dias 18, 19 e 20 de Abril, onde as reivindicações expostas no Caderno Reivindicativo, foram discutidas e negociadas com profundidade dado a sua pertinência com o objectivo de encontrar-se os consensos possíveis”, refere a nota.

O comunicado refere ainda que é do conhecimento da direcção da Movicel, que na assembleia de trabalhadores realizada no dia 21 de Abril, que sustenta a convocação da greve, não estiveram mais de 80 colaboradores, dos quais muitos são desconhecidos, o que, nos termos da lei, constitui matéria bastante para pôr em causa a sustentabilidade da legitimidade da Comissão Sindical para convocar a greve.

“Acontece que o sindicato utilizou listas com as assinaturas dos trabalhadores em outros momentos, ou seja, de forma indevida com o objectivo de fazer crer à direcção da Movicel que a maioria dos trabalhadores sustenta a realização da greve”, explica a nota.

Apesar dos esclarecimentos da direcção da Movicel, o sindicato de trabalhadores da operadora  anunciou que mesmo partir para a greve por tempo indeterminado, a partir de segunda-feira.

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