Quinta, 28 de Março de 2024
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Sexta, 20 Abril 2018 21:36

Administração de Viana efectua demolições no Zango

A administração municipal de Viana demoliu terça-feira mais de 30 residências na zona do Quitondo 2, bairro Zango 3, por alegada construção ilegal, num terreno em litígio.

Em declarações à Angop o administrador adjunto de Viana para a Área Técnica, Fernando Binje, disse que as famílias foram advertidas, mas insistiram em construir num terreno que lhes foi vendido de forma fraudulenta.  

“A administração é um órgão do Estado. O processo tramitou e chegou até à demolição, trata-se de um espaço em litígio, até então com três proprietários controlados pelo GADAHKI, que comprovou a titularidade da dona Alice”, justificou.

Segundo Fernando Binje a pessoa que vendeu os terrenos é detentora de apenas três hectares, mas acabou vendendo mais um, que não era de sua propriedade, conforme atesta o Gabinete de Desenvolvimento e Aproveitamento Hidráulico do Kikuxi (GADAHKI), responsável pela aérea em questão.

Para o director do GADAHKI, Salomão Manuel, os documentos apresentados por Alice Neves apresentam algumas irregularidades, por isso, ao tomar conhecimento da possível demolição das casas, enviou uma carta à administração de Viana, na tentativa de impedir o acto.

“O GADAHKI não confirma a titularidade do espaço em nome de Alice Neves. Mandamos uma carta à administração, alertando para que não se fizesse a demolição, porque havia um processo de investigação para averiguar se, realmente, Alice Neves era a concessionário do terreno”, afirmou.

A acção, que deixou ao relento 44 famílias, resultou do facto de os lesados terem edificado as suas moradias numa área de cerca de um hectar, alegadamente propriedade de Alice Neves.

Por sua vez o vendedor dos talhões, Dumilde Lourenço, avançou poder provar que é "proprietário inequívoco" dos quatro hectares.

“Sou dono do espaço há mais de dez anos e está legalizado junto do GADAHKI, mas o mesmo tem sido alvo de tentativas de esbulho por parte de várias pessoas, o que me forçou a fazer uma queixa, em 2015, junto ao SIC”, salientou.

Face a demolição, Dumilde Lourenço diz que vai dar seguimento ao processo junto das entidades competentes.

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