Por José Luis Manuel.
Ora vejamos foi o principal autor moral, material e cabecilha do processo todo :
1 – A UTIP instruiu todo processo, envolveu os empresários angolanos, sustentando que tratava-se de uma parceria estratégica que contribuiria para o fundo cambial do País e diversificação da economia;
2 – Numa cerimônia altamente difundida e aplaudida. Manteve o processo sob sua condução pessoal e as informações classificadas em circulação restrita, ignorando os pareceres técnicos do próprios técnicos da UTIP, até porque muitos não tinham acesso a informações sobre o dossier, porque o mesmo advogando-se do facto de ser jurista conduziria pessoalmente todo processo;
3 – Influenciou altas patentes das forças armadas angolanas e outros membros dos Secretariado do Bureau Político a apoiarem o processo;
4 – Ignorou a tramitação processual : Due Deligence económica, financeira e fiscal.
Com elevadas responsabilidades no Estado na extinta UTIP e no Partido, ainda que goze do princípio da presunção da inocência, o mesmo deve ser suspenso das funções por autoria moral, material e negligência.
O Presidente do MPLA, no Workshop realizado pela bancada parlamentar do MPLA, sobre combate a corrupção, foi incisivo dizendo que “temos que moralizar a sociedade, combater a impunidade, agir com integridade e proibidade em todos os domínios da actuação do Partido e do Governo, assim como na gestão das empresas públicas”.
Daí que tem que ser o MPLA a dar o exemplo sobre a impunidade, transparência, integridade e proibidade.
Qual será a força moral do MPLA e em que lugar este Secretário deverá falar sobre moral, princípios éticos, patriotismo e nacionalismo, quando esteve directamente envolvido num grupo de malfeitores, burla e crime lesa Pátria que endividaria o Estado por longos anos.
Resta ao Comitê Central do MPLA que tenha coragem para agir e suspender Norberto Garcia.
