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Sexta, 26 Janeiro 2018 23:52

MPLA apresenta a 10 de fevereiro a sua agenda política para 2018

O MPLA apresenta a 10 de fevereiro a sua agenda política para 2018, mas sem esclarecer sobre a possibilidade de realização de eleições para a presidência daquele partido angolano, ocupada desde 1979 por José Eduardo dos Santos.

A informação consta do comunicado enviado à Lusa, em Luanda, sobre a realização, hoje, da primeira reunião ordinária do bureau político do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), "que analisou assuntos relativos à vida interna do partido e do país", orientada pelo presidente do partido e ex-chefe de Estado angolano, José Eduardo dos Santos.

Na reunião, em que já esteve presente o vice-presidente do MPLA e Presidente da República, João Lourenço, que chegou quinta-feira da Suíça, onde participou no Fórum Económico de Davos, foi aprovada a agenda política do partido para 2018, "ano que marca o início da implementação do programa de governo do Partido", para o período 2017/2022, "sufragado pelo povo angolano nas últimas Eleições Gerais".

"A Agenda Política do MPLA, a ser lançada no dia 10 de fevereiro próximo, na província de Malanje, sumariza as ações que, face às responsabilidades acrescidas do partido, devem estar no topo das ações para o presente ano, olhando sempre para o interesse do cidadão, em primeiro lugar, visando resolver os principais problemas que o país enfrenta", refere o mesmo comunicado.

Desde que deixou a Presidência da República em setembro, ao fim de 38 anos, José Eduardo dos Santos tem trabalho regularmente na sede do MPLA, partido a que continua a presidir, tendo orientado várias reuniões, entre bureau político e comité central, só desde dezembro.

Em 2016, antes ainda de anunciar que não era recandidato à Presidência da República, José Eduardo dos Santos disse que pretendia abandonar a vida política em 2018, mas sem concretizar datas até ao momento.

Com José Eduardo dos Santos na presidência do MPLA e João Lourenço na Presidência da República - sendo ainda vice-presidente do partido -, a oposição angolana tem acusado a atual estrutura no poder de bicefalia, acusação que é oficialmente desmentida.

Contudo, João Lourenço disse, a 08 de janeiro, que não sente crispação com o ex-chefe de Estado José Eduardo dos Santos, mas aguarda que cumpra o compromisso anteriormente assumido, de deixar a liderança do partido em 2018.

"Só a ele compete dizer se o fará, se vai cumprir com esse compromisso. Quando isso vai acontecer, só a ele compete dizer", disse João Lourenço.

O comunicado da reunião de hoje acrescenta que o bureau político "apreciou, em primeira leitura e de modo crítico", o relatório sobre a prestação do partido nas eleições gerais de 2017, "tendo referido que os resultados alcançados foram, de um modo geral, bastante positivos, confirmados pelo alcance de uma maioria qualificada dos deputados no parlamento".

Foi ainda apreciado o Memorando sobre a Estratégia de Implementação das Autarquias Locais, "tendo considerado o documento como uma base de trabalho para os objetivos preconizados, no âmbito da preparação do partido, no concernente à institucionalização do Poder Local autónomo".

Exortando o Governo a priorizar "despesas com programas que visam minorar os principais problemas que afetam as populações, mormente as mais vulneráveis", o bureau politico manifestou ainda "preocupação face à subida dos preços, no mercado nacional, de bens e serviços".

"Facto que pode diminuir, ainda mais, o poder de compra dos cidadãos", refere o comunicado, embora salientando os membros do bureau político "manifestaram-se solidários e unidos em torno dos objetivos que o MPLA se propõe no seu Programa de Governo".

Tendo mesmo "sido reconhecido e enaltecido o apoio e a combinação harmoniosa, espírito de coesão e solidariedade ao Executivo, resultante das eleições", liderado por João Lourenço, enquanto titular do poder executivo.

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