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Terça, 02 Janeiro 2018 18:54

JES ausente da cerimónia de cumprimentos de fim-de-ano ao Executivo

A ausência do antigo Presidente angolano e actual presidente do MPLA da tradicional de cerimónia de cumprimentos de fim de ano aos membros do Executivo.

Líderes da oposição e alguns analistas politicos em Angola encararam com estranhezaa ausência de Santos, enquanto o MPLA garante que o partido está coesos e que pessoas de má-fé estão a fomentar problemas.

Em declarações à VOA durante a concorrida cerimónia que marcou o fim do ano em Luanda, o vice-presidente da CASA-CE, André Mendes de Carvalho, disse não saber se José Eduardo dos Santos foi convidado ou não.

“Protocolarmente, não sei se as coisas funcionam com este convite ou não”, questionou Carvalho

Por seu lado, o líder do Partido de Renovação Social (PRS) Benedito Daniel lamentou a ausência do líder do MPLA.

“É lamentável pois a sua presença seria confortante, tanto para os angolanos como para o Executivo. Muito provavelmente alguma razão de força maior estará por detrás disto”, afirmou Daniel.

Embora o tenha considerado como património nacional, o antigo primeiro-ministro, Marcolino Moco, evitou fazer comentários sobre o assunto.

“Não me devia fazer este tipo de pergunta porque eu não sei de nada”, respondeu Moco à pergunta da VOA.

Por outro lado, o presidente do PRS acrescentou que estas situações vêm alimentar a polémica que se levantou há já alguns meses sobre uma possível rutura no seio dos camarada,s envolvendo o presidente do partido e o da República.

Benedito Daniel entende que é necessária uma maior colaboração entre o Governo e o núcleo duro do MPLA, para a concretização dos objectivos da actual governaçao.

“Se isto não acontecer a materialização deste programa ficará apenas por um desejo”, concluiu Daniel.

MPLA refuta problemas

Sem explicar as razões da ausência de José Eduardo dos Santos, o secretário das Relações Exteriores do MPLA, Julião Paulo “Dino Matrosse”, afastou a exigência de problemas no seio do partido, atribuindo a polémica a outras forças que que querem desestabilizar a estrutura.

“Existem pessoas fora do partido que querem criar problemas no seio do partido. O presidente do partido na última reunião encorajou e apoiou as iniciativas do Governo”, apontou.

Por sua vez o líder da UNITA, Isaías Samakuva, admite que a situação tenha a ver com a bicefalia da governação, tendo alertado no sentido do país poder depender apenas do presidente eleito nas urnas.

“O MPLA tem um discurso diferente neste aspecto. Mas na prática temos visto algo diferente. Esperamos que o senhor Presidente seja o único Chefe de Estado que devemos ter neste país”, afrimou Samakuva.

Por seu turno, o vice-presidente da República, Bornito de Sousa, durante a sua intervenção, fez questão de sublinhar que a coexistência do poder é algo previsto na Constituição e nos estatutos do MPLA.

“A coexistência política é algo que permitido pela Constituição e os estatutos do partido no poder sendo apenas uma questão de gestão e oportunidade política” disse Bornito de Sousa

Pela primeira vez, em 38 anos, é a primeira vez que José Eduardo dos Santos não está presente na cerimónia de cumprimentos de fim de ano. VOA

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