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Domingo, 15 Outubro 2017 23:26

Recuperados restos mortais das sete vítimas de acidente aéreo na Lunda Norte

Os restos mortais dos sete ocupantes do Embraer EMB 120 que se despenhou quinta-feira na província angolana da Lunda Norte, ao serviço da empresa privada Air Guicango, chegaram hoje à cidade do Dundo, confirmando-se um português entre as vítimas.

A informação foi prestada aos jornalistas, no aeroporto do Dundo, pelo investigador Pedro Gonçalves, do Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes Aeronáuticos (GPIAA) na província da Lunda Norte, depois da chegada dos restos mortais dos ocupantes, recuperados a mais de 320 quilómetros de distância.

"Neste momento, os restos mortais encontram-se no Dundo, à responsabilidade do SIC [Serviço de Investigação Criminal]", disse o investigador, acrescentando que a primeira fase da operação lançada na quinta-feira, de busca e salvamento, "está concluída", seguindo-se a investigação às causas do acidente.

Os destroços da aeronave, segundo os investigadores, foram avistados numa extensão de quatro quilómetros, no município do Cuílo, na mesma província da Lunda Norte.

No local foram encontrados os restos mortais dos cinco angolanos, entre os quais três elementos da tripulação, um sul-africano e o paramédico Paulo Sérgio Mendes de Carvalho, de 40 anos.

A aeronave em causa descolou do aeroporto do Dundo pelas 16:55 de quinta-feira. O paramédico português, ao serviço de uma clínica de Luanda, participava no transporte de um paciente sul-africano do Dundo para a capital angolana.

Durante o dia de sexta-feira houve o relato do avistamento de destroços da aeronave no município do Cuílo, a 320 quilómetros do aeroporto do Dundo, o que só no sábado foi confirmado pelas autoridades, tendo em conta as condições atmosféricas que dificultaram as operações de busca.

Questionado na sexta-feira pela Lusa, o diretor do GPIAA, órgão do Ministério dos Transportes de Angola, indicou que a Air Guicango, que operava a aeronave, é uma "empresa certificada para operações comerciais não regulares".

Segundo Luís António Solo, 15 minutos depois de levantar voo da capital da província da Lunda Norte com destino a Luanda (a 1.100 quilómetros de distância), o piloto reportou problemas na aeronave.

"Uma avaria no motor, seguido de fogo. Foram também reportadas condições atmosféricas adversas", disse.

A Força Aérea Angolana disponibilizou dois helicópteros para estas operações de busca, além do envolvimento de meios da proteção civil, polícia e do Ministério do Interior.

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