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Sexta, 10 Janeiro 2014 23:24

José Eduardo dos Santos descarta envio de militares para República Centro Africana

O Presidente angolano, José Eduardo dos Santos, descartou hoje em Luanda o envio de militares angolanos para a República Centro Africana (RCA), no discurso que proferiu na cerimónia de cumprimentos de ano novo ao Corpo Diplomático.

Em alternativa para a situação naquele país africano, José Eduardo dos Santos manifestou-se disponível para enviar ajuda humanitária aos deslocados.

A situação na RCA foi hoje marcada pela demissão do Presidente, Michel Djotodia, sob pressão internacional.

Djotodia subiu ao poder em março de 2013, depois de ter afastado o então Presidente, François Bozizé, liderando uma coligação predominantemente muçulmana, a Séléka.

Nos últimos dez meses, a RCA mergulhou numa espiral de violência comunitária e interreligiosa, sem que as autoridades de transição fossem capazes de controlar a situação.

Na intervenção que fez hoje em Luanda ao Corpo Diplomático, José Eduardo dos Santos reiterou a "total disponibilidade" de Angola em contribuir ao nível da União Africana, das Nações Unidas, em especial através do Conselho de Segurança, "na preservação e restabelecimento da paz, da estabilidade e da segurança universal".

A recusa de José Eduardo dos Santos em enviar militares para a RCA coincidiu com o pedido feito hoje em Nova Iorque pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, à União Africana para acelerar o envio das tropas prometidas para reforçarem a força de interposição pan-africana presente na República Centro Africana (RCA).

O responsável das Nações Unidas falava depois de ser conhecida a demissão do Presidente e do primeiro-ministro da antiga colónia francesa.

Aquela força, a MISCA, deve integrar 6.000 homens, mas a União Africana ainda só conseguiu reunir 3.500 soldados, 1.200 dos quais são do Chade.

A França enviou 1.600 militares para a RCA, que mergulhou no caos desde o golpe de Estado de março realizado pela coligação rebelde Séléka, com origem na minoria muçulmana, que afastou o Presidente François Bozizé e deixou como presidente de transição Michel Djotodia.

LUSA

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