Quinta, 28 de Março de 2024
Follow Us

Sábado, 24 Dezembro 2016 10:17

Isaías Samakuva diz que 2016 foi um ano dramático

O presidente da UNITA considerou quinta-feira, em Luanda, o ano 2016 como dos mais difíceis e dramáticos para a maioria das famílias angolanas, devido à crise económica e social derivada da baixa do preço do petróleo no mercado internacional.

Isaías Samakuva, que falava na cerimónia de cumprimentos de fim de ano, informou que ao longo deste ano assistiu-se ao aumento da dívida pública em 60 por cento, perda do poder de compra dos salários em mais de 50 por cento, tendo os níveis de atendimento nos sectores da saúde e da educação registado um decréscimo.

Isaías Samakuva disse ainda que no decurso deste ano registaram-se prisões arbitrárias, repressão à liberdade de imprensa e punição contra os que se recusam a alinhar com a agenda do partido no poder.

Na presença do vice-presidente do partido, secretário-geral, membros da direcção, corpo diplomático, representantes da sociedade civil e Igrejas, Samakuva lamentou o facto do Governo e o MPLA não terem sido capazes de estabelecer diferença entre o partido e o Estado, nem mesmo criar instituições democráticas.

“Esses e outros males registados ao longo de 2016 levaram o país à falência moral e financeira”, afirmou. Isaías Samakuva apelou à responsabilidade e unidade entre os angolanos, sobretudo durante o processo eleitoral, que em sua opinião vai permitir a escolha dos dirigentes do país. 

O presidente do segundo maior partido político no país apelou ainda aos intelectuais, investigadores, trabalhadores, mães e líderes de opinião para um maior engajamento na segunda fase do processo de registo. Defendeu em 2017 eleições democráticas, com lisura e transparência. 

Aos cidadãos pediu vigilância sobre os actos da Comissão Nacional Eleitoral (CNE), no cumprimento escrupuloso da Lei. “É nosso dever e direito escrutinar os actos da administração eleitoral”, afirmou.

JA

 

Rate this item
(0 votes)