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Sexta, 22 Julho 2016 11:20

Banco BAI emprestou ao governo 33 milhões de euros para importar medicamentos

O Estado angolano vai receber um empréstimo do Banco Angolano de Investimentos (BAI) de 32,8 milhões de euros para "Programa de Emergência" lançado no final de abril pelo Ministério da Saúde para importar medicamentos e material clínico e pagamento de despesas alfandegárias, face aos surtos de febre-amarela e malária no país.

A informação consta de um despacho do Presidente angolano, de final de junho e aprovando a abertura um contrato de crédito entre o Estado e o Banco Angolano de Investimentos (BAI).

O designado "Programa de Emergência" visa garantir a compra ao exterior de material que desde o início do ano começou a faltar nos hospitais e assim, lê-se no documento assinado por José Eduardo dos Santos, "colmatar o défice de medicamentos e equipamento hospitalar em todo o país".

O crédito a atribuir pelo BAI para financiar este programa ascende a 36.274.986 dólares (32,8 milhões de euros), refere o despacho.

A malária é a principal causa de morte em Angola e só em Luanda, nos primeiros três meses do ano, morreram 850 pessoas entre 400.000 casos registados. Já a epidemia de febre-amarela provocou, desde 05 de dezembro e até 08 de julho, em todo o país, 3.625 casos suspeitos e 357 mortes.

Angola vive uma profunda crise financeira, económica e cambial desde final de 2014, decorrente da forte quebra nas receitas com a exportação de petróleo, o que levou à implementação de várias medidas de austeridade no setor público, atingido também a Saúde.

O ministro da Saúde de Angola garantiu na segunda-feira que já foram encomendados mais medicamentos para responder às necessidades atuais do país, com realce para o antimalárico coartem.

Luís Gomes Sambo fez o anúncio na província angolana do Huambo, onde se encontra a analisar a situação do setor naquela região.

De acordo com o ministro, algumas quantidades, não avançadas, de coartem já chegaram ao país e aguardam-se outras nos próximos dias.

"O Governo já encomendou mais medicamentos e material gastável, já começou a chegar e vamos melhorar a situação ao longo do tempo", disse o ministro.

 

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