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Quinta, 23 Junho 2016 14:57

Ministro do Interior quer punir autores de partilha de factos falsos nas redes sociais

Ao discursar no acto central do 37.º aniversário do seu pelouro, ontem, em Luanda, Ângelo Veiga Tavares defendeu a necessidade de se criarem condições técnicas para identificar a origem da publicação de factos fictícios, de forma a que os autores possam ser criminalmente responsabilizados.

Lembrando que a divulgação de conteúdos falsos e fictícias, sobretudo relativos à criminalidade, contribui para um clima de insegurança e medo da população, o governante apelou à consciência dos internautas antes de partilharem informações nas redes sociais.

Apesar de enaltecer o contributo da internet para o desenvolvimento das sociedades e respectivos povos, Ângelo Veiga Tavares lamentou que não faltem "mentes engenhosas que aproveitam tais ferramentas para a sua utilização criminosa ou irresponsável".

Atento ao fenómeno - que no passado fim-de-semana colocou a circular a informação de que a Polícia Nacional estaria proibida de interpelar cidadãos brancos -, o Ministério do Interior reconhece a importância de se criarem condições para identificar e punir as fontes de "contaminação".

Ainda no que se refere aos perigos do mundo virtual, o responsável informou que os jovens internautas e os do sexo feminino são as vítimas mais frequentes das redes, tendo aconselhado a absterem-se de uma excessiva exposição pública.

Noutra vertente da sua intervenção, o ministro disse que a situação da segurança pública no país é calma e está sob controlo, apesar da preocupação com a ocorrência de alguns crimes violentos, sobretudo em Luanda, como o roubo de viaturas, assaltos à mão armada e violações cometidas principalmente no seio familiar por pessoas conhecidas da vítima.  

O ministro pediu esforços redobrados no sentido de estancar tais práticas, e assegurou que crimes do género não são característicos do comportamento dos angolanos. O Ministério do Interior, disse,  continua  a trabalhar na luta pela preservação da paz e os seu efectivos são chamados a prestar particular atenção às diferentes fases do processo eleitoral que se avizinha, 

“Os efectivos, nos mais variados níveis, devem se engajar em todas as actividades de formação e preparação para que possam cumprir exemplarmente as missões que este processo vai exigir”, disse.  Deste modo, os efectivos estão orientados para maior aproximação com a população, com quem devem interagir para a manutenção da ordem e tranquilidade públicas. 

O ministro denunciou comportamentos oportunistas e criminosos por parte de  cidadãos que  se aproveitam da situação de crise que o país vive  para desenvolverem acções especulativas e ilícitas no âmbito comercial, financeiro e cambial.

Este comportamento, disse o ministro do Interior,  contribui para um maior agravamento da situação e o encarecimento da vida dos cidadãos.  

O ministro  assegurou que esta preocupação é objecto de análise pelo Comité de Supervisão da Unidade de Informação Financeira, órgão encarregado de acompanhar as questões  relacionados com o branqueamento de capital e financiamento ao terrorismo. 

© Novo Jornal | ANGOP

 

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