Lembrando que a divulgação de conteúdos falsos e fictícias, sobretudo relativos à criminalidade, contribui para um clima de insegurança e medo da população, o governante apelou à consciência dos internautas antes de partilharem informações nas redes sociais.
Apesar de enaltecer o contributo da internet para o desenvolvimento das sociedades e respectivos povos, Ângelo Veiga Tavares lamentou que não faltem "mentes engenhosas que aproveitam tais ferramentas para a sua utilização criminosa ou irresponsável".
Atento ao fenómeno - que no passado fim-de-semana colocou a circular a informação de que a Polícia Nacional estaria proibida de interpelar cidadãos brancos -, o Ministério do Interior reconhece a importância de se criarem condições para identificar e punir as fontes de "contaminação".
Ainda no que se refere aos perigos do mundo virtual, o responsável informou que os jovens internautas e os do sexo feminino são as vítimas mais frequentes das redes, tendo aconselhado a absterem-se de uma excessiva exposição pública.
Noutra vertente da sua intervenção, o ministro disse que a situação da segurança pública no país é calma e está sob controlo, apesar da preocupação com a ocorrência de alguns crimes violentos, sobretudo em Luanda, como o roubo de viaturas, assaltos à mão armada e violações cometidas principalmente no seio familiar por pessoas conhecidas da vítima.
O ministro pediu esforços redobrados no sentido de estancar tais práticas, e assegurou que crimes do género não são característicos do comportamento dos angolanos. O Ministério do Interior, disse, continua a trabalhar na luta pela preservação da paz e os seu efectivos são chamados a prestar particular atenção às diferentes fases do processo eleitoral que se avizinha,
“Os efectivos, nos mais variados níveis, devem se engajar em todas as actividades de formação e preparação para que possam cumprir exemplarmente as missões que este processo vai exigir”, disse. Deste modo, os efectivos estão orientados para maior aproximação com a população, com quem devem interagir para a manutenção da ordem e tranquilidade públicas.
O ministro denunciou comportamentos oportunistas e criminosos por parte de cidadãos que se aproveitam da situação de crise que o país vive para desenvolverem acções especulativas e ilícitas no âmbito comercial, financeiro e cambial.
Este comportamento, disse o ministro do Interior, contribui para um maior agravamento da situação e o encarecimento da vida dos cidadãos.
O ministro assegurou que esta preocupação é objecto de análise pelo Comité de Supervisão da Unidade de Informação Financeira, órgão encarregado de acompanhar as questões relacionados com o branqueamento de capital e financiamento ao terrorismo.
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