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Quinta, 14 Mai 2015 21:45

UNITA apoia inquérito independente a confrontos do Huambo

O líder da Unita  saudou hoje, quinta-feira 14, em Luanda,  a intervenção das Nações  Unidas nos acontecimentos  do Monte Sumi no Huambo que envolveram  a seita A Luz do Mundo e apelou os angolanos a perderem o medo de  reivindicarem  os seus direitos.

No discurso que pronunciou  na abertura de reunião de cúpula do seu partido, Isaias Samakuva disse esperar que os acontecimentos do  Monte Sumi sejam  investigados por entidade  independente e admitiu que o incidente não foi  uma simples retaliação pela morte  de elementos  da Polícia Nacional.

O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos pediu há poucos dias que as autoridades angolanas autorizem um inquérito independente ao que se passou naquele local e expressou preocupação pela alegada perseguição dos seguidores da seita A Luz do Mundo.

A organização angolana Mãos Livres advogou originalmente a ideia de um inquérito independente aos acontecimentos em que, segundo as autoridades angolanas, morreram 13 civis e nove policias. Contudo, políticos e familiares de fieis da seita dizem que o número é muito mais elevado podendo ascender a centenas senão mesmo a mil.

Samakuva disse esperar que “mais cedo ou mais tarde, a real dimensão humanitária e jurídica do genocídio do Monte Sumi será investigada e virá à superfície”.

O líder da Unita afirmou haver também uma dimensão politica do que se passou,  interrogando-se sobre de onde vieram as ordens para a repressão e para se colocar material de propaganda da Unita no local.

Samakuva adiantou ainda que o seu partido está particularmente empenhado na luta contra a tirania, as violações dos direitos humanos,  a falta de emprego,  de esgotos e contra o paludismo, a miséria, o crime, a corrupção e a má governação, tendo apelado os angolanos a perderem o medo e a  exigirem  os seus direitos .

Isaías Samakuva disse que antes do fim do ano em curso a Unita deverá realizar o seu XII Congresso  e anunciou que a reunião  de hoje vai  discutir medidas   para vencer  a crise social,  de governação,  financeira, a crise de soberania e a crise eleitoral.

“Vamos analisar as melhores vias de contrariar o apetite do regime do Presidente José Eduardo dos Santos de levar o país para um novo conflito violento, a fim de inviabilizar a sua derrota eleitoral”, concluiu o líder da oposição angolana.

Voanews

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