A Direcção da UNITA informa a opinião pública nacional e internacional que da acção dos marginais organizados resultaram 21 feridos três dos quais em estado grave e a destruição de uma viatura por fogo posto, além de outros danos materiais. Além destes danos, os militantes da UNITA na comuna de Luremo estão a ser perseguidos, encontrando-se em parte incerta, depois de suas casas terem sido deitadas abaixo por militantes do Partido no poder.
A Direcção da UNITA manifesta a sua estranheza pelo facto de tais actos de intolerância política terem lugar depois de bem informadas as autoridades administrativas e policiais sobre o programa de trabalho do Secretário Provincial da UNITA naquela comuna.
A Direcção da UNITA não tem dúvidas que a deslocação do administrador municipal adjunto do Kuango, João Bernardo e do comandante municipal da polícia Bravo Caetano, à mesma comuna de Luremo, um dia antes tenha sido para organizar os actos de puro vandalismo e selvajaria que tiveram lugar sob o olhar cúmplice dos efectivos policiais destacados à entrada da comuna do Luremo e no Bairro Gika. Por isso, repudia a actuação da polícia que se recusou a prestar apoio ao motorista da viatura carbonizada, Jacob Agostinho que ao invés disso foi encarcerado e violentado por efectivos policiais, enquanto outros incendiavam o seu veículo.
A Direcção da UNITA considera estar perante uma violação flagrante dos direitos civis e políticos dos cidadãos plasmados na Constituição da República de Angola e na lei dos Partidos Políticos.
A Direcção da UNITA acha que o senhor Presidente da República tem sido constantemente desautorizado pelos militantes do seu próprio partido que insitem e persitem na execução destas acções por todo o país. A Direcção da UNITA espera, por isso, que através dos orgãos competentes do Estado, o senhor Presidente da República de Angola, Engenheiro José Eduardo dos Santos faça cumprir a sua afirmação feita por ocasião do seu discurso de fim de ano, através da qual manifestava o seu desejo de dar “passos firmes para neutralizar as causas da intolerância política e recurso à violência e dos diferendos e contradições serem resolvidos com base no diálogo e no respeito pela lei”. De contrário, a Direcção da UNITA tirará as suas conclusões...
Luanda, aos 17 de Fevereiro de 2015.
O Secretariado Executivo do Comité Permanente da Comissão Política da UNITA