Ângelo Veiga Tavares referiu-se ao assunto numa breve declaração no encerramento do Conselho Consultivo Alargado do Ministério do Interior, que decorreu durante dois dias em Luanda.
No seu discurso de abertura da reunião, o governante angolano tinha recomendado firmeza e vigilância redobrada face a "reiteradas e veladas" tentativas de alteração da ordem democrática e constitucional por parte de algumas forças políticas.
Segundo o ministro, algumas forças políticas, usando de artifícios antidemocráticos, têm tentado fazer "uma réplica do que aconteceu em alguns países vizinhos".
Em conferência de imprensa realizada hoje em Luanda, a UNITA "repudiou e deplorou" o pronunciamento do ministro do Interior.
O maior partido da oposição reiterou também que "deplora a má governação de Angola pelo MPLA [partido no poder], mas a UNITA sabe que o soberano em Angola é o povo e só o povo tem legitimidade para escolher e demitir os Governos, nos termos da Constituição".
"O único desafio agora é o de ideias e aquele que não tiver capacidade para exibir a força dos seus argumentos perde e não deverá fazer recurso aos argumentos da força, porque a Constituição não permite e a democracia não se revê neles", referiu a UNITA.
Já o ministro do Interior sublinhou na sua intervenção que, "desde que não seja retórica", a posição da UNITA é uma satisfação para todos os angolanos.
"Pois todos juntos somos poucos para levar avante a ingente tarefa da reconciliação nacional e harmonização dos espíritos entre todos os angolanos", realçou Ângelo Veiga Tavares.
Estas posições surgem numa altura em que o movimento de jovens revolucionários angolanos convocou para o próximo sábado uma nova manifestação antigovernamental, a realizar em Luanda.
LUSA