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Quarta, 23 Outubro 2013 16:18

"Jornal de Angola" contesta alegado apoio da UNITA à investigação de Portugal

Editorial do Jornal de Angola Editorial do Jornal de Angola

Editorial de hoje acusa o líder da oposição angolana de "ir mais longe" ainda do que Portugal. Samakuva defende que as investigações da PGR devem ir até ao fim.

O "Jornal de Angola" critica hoje a UNITA, o segundo maior partido no país, por ter manifestado apoio à investigação da Procuradoria-Geral da República portuguesa aos governantes angolanos.

Num editorial intitulado "Oposição e Agressão", o periódico condena as declarações ontem proferidas pelo líder da UNITA, Isaías Samakuva, sublinhando que só vêm agravar o conflito diplomático, que Portugal já percebeu que é grave e que não tem saída.

"Samakuva conseguiu ir mais longe do que a linguagem de agressão vinda Portugal. Quando toda a cúpula em Portugal já percebeu que está metida num beco sem saída na relação com Angola, por violar direitos de angolanos e por desrespeitar entendimentos de Estado, Samakuva vem lançar mais lenha para a fogueira, à maneira da Jamba", lê-se no editorial.

De acordo com o jornal, o líder da UNITA "ao furtar-se a condenar as violações do segredo de justiça em Portugal que atentam contra direitos de honrados cidadãos angolanos, demonstra uma absoluta falta de maturidade política e coloca a UNITA, mais uma vez, no lado errado da história."

O editorial defende também que a UNITA conseguiu mais deputados no Parlamento nas últimas eleições, mas que não soube tirar proveito dessa situação. "Em vez de fazer desse sucesso, humildemente, uma plataforma para ampliar a influência do partido, usa-o como arma de arremesso contra o seu próprio país, reproduzindo e aumentando a nódoa que é a atual agressão lançada pelos 'soaristas' e seu gangue, contra Angola", afirma.

O texto vai ainda mais longe e acusa a UNITA de ter origens totalitárias e criminosas.  "Opositores como Isaías Samakuva vêm de uma organização de raiz totalitária. Ele e praticamente todos os seus parceiros da direção da UNITA atiraram lenha para as fogueiras da Jamba onde foram assassinadas mulheres e crianças inocentes. As suas mãos estão manchadas com o sangue de civis inocentes", refere.

"Apesar da bestialidade dos crimes, foi possível, até agora, evitar que esses casos fossem levados a um Tribunal angolano ou a um Tribunal Internacional", conclui.

Expresso.sapo.pt

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