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Quinta, 22 Novembro 2018 13:15

Angola pede a secretas americanas ajuda para recuperar dinheiro

O presidente de Angola, João Lourenço, pediu ajuda aos serviços secretos norte-americanos na investigação para detectar eventuais crimes económicos e depósitos que se inscrevam nesta categoria, que se presumem terem sido feitos em paraísos fiscais como as ilhas Marshall e Maurícias.

Esta diligência é paralela aos serviços que foram solicitados às grandes consultoras no sentido de detectarem a retirada ilícita de capitais do país. O presidente de Angola quer resultados rápidos neste domínio, o que até agora não foi conseguido pela Unidade de Informação Financeira, criada a 15 de Fevereiro, para actuar nestas matérias.

Numa primeira fase, o Governo angolano estabeleceu o fim do corrente ano como data-limite para o repatriamento voluntário de capitais, cujos resultados não são até agora conhecidos, mas que parecem não ter satisfeito o chefe de Estado angolano.

Isso mesmo foi referido por João Lourenço em entrevista ao Expresso publicada no passado sábado. "Vai ser um trabalho árduo, em que o Estado vai ter que contratar serviços de especialistas na matéria, os chamados caçadores de fortunas", e "vai ter que fazer acordos judiciários com outros Estados, como o que fez com Portugal para, desta forma, em várias frentes, ir apertando o cerco até que se descubram os esconderijos do dinheiro de Angola".

O Parlamento angolano aprovou ontem a lei de Repatriamento de Capitais, a qual define que os cidadãos e empresas angolanas têm até 26 de Dezembro (180 dias) para repatriar voluntariamente, sem perguntas ou investigações das autoridades, os recursos financeiros ilicitamente retirados de Angola, podendo até receber incentivos estatais. Jornal de Negócios

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