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Sexta, 16 Novembro 2018 18:07

Operação resgate recupera a ordem e civismo - Presidente João Lourenço

A operação resgate, lançada pelo Executivo, visa recuperar os melhores valores da angolanidade, de educação, ordem, civismo, respeito pelo bem público e pelo próximo, afirmou hoje, sexta-feira, em Luanda, o Presidente da República, João Lourenço.

O Presidente discursou no campus da Universidade Agostinho Neto (UAN), durante uma visita destinada a inteirar-se das condições e funcionamento, tendo referido, no momento, que muito para além de uma mera operação policial, resgate é sobretudo uma operação com pendor educativo e cívico, porquanto se regista, ao longo dos anos, uma perda destes valores por inacção e “espírito de deixa andar”.

Recomendou que os angolanos não se sintam vencidos e resignados, perante o que se passa aos olhos no dia-a-dia.

Apontou que o combate contra a corrupção, nepotismo, impunidade, seitas religiosas que se dedicam à extorsão de valores e bens aos pacatos cidadãos de si já pobres ou fragilizados por doenças e outras contingências da vida, venda de bens alimentares e medicamentos em locais inapropriados e insalubres, se enquadram na necessidade do resgate dos valores perdidos.

Para si, da mesma forma que em defesa da saúde pública se combate o surgimento e proliferação de clínicas e postos médicos clandestinos, o comércio ilegal das cantinas, bares e restaurantes não licenciados ou autorizados pelo Estado, também se tem de combater os estabelecimentos de ensino e, no caso, universidades privadas, não reconhecidas pelas autoridades.

João Lourenço disse que este negócio lucrativo não olha para a qualidade do ensino ministrado e leva os estudantes até ao último ano sem a possibilidade de entrar para o mercado de trabalho, por falta de certificado ou diploma.

Além de advertir que este negócio deve estar debaixo do permanente escrutínio, o Chefe de Estado exortou aos pais para evitarem matricular os filhos nesses estabelecimentos de ensino, porque alguns não serão mesmo reconhecidos, por não reunirem as condições mínimas exigidas, sob pena de se estar a pactuar com a ilegalidade.

Orientou ao Ministério do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação para ser rigoroso e concluir, quanto antes, o trabalho que tem vindo a realizar com essas instituições que não têm os cursos legalizados.

Alertou que sendo o sector privado também na educação e ensino um importante parceiro do Estado, o objectivo não é o de encerrar simplesmente, mas o de aproveitar ao máximo as que têm condições para ministrar os cursos solicitados, legalizando-as, e impedir o funcionamento das que demonstrem deficiências relevantes e que estejam incapazes de as superar.

João Lourenço disse que conta com a participação voluntária de todos, das organizações não-governamentais e das associações cívicas, das associações e ordens profissionais, das igrejas, da comunicação social, dos internautas e blogueiros nesta luta de resgate dos valores da sociedade.

O Presidente da República considerou que todos ganham com um país respeitado, sobretudo pela riqueza da educação e civismo dos cidadãos, defendendo que a ciência, a tecnologia e a inovação podem funcionar como ferramentas importantes para agregar valor ao processo de ensino-aprendizagem, tanto para o desenvolvimento cognitivo quanto ao desenvolvimento vocacional dos estudantes.

Reforçou a importância da inserção dos estudantes em actividades de investigação científica, através de estágios curriculares nas empresas e projectos de investigação conjuntos, apontando que esta via é necessária e eficiente para estabelecer a ligação entre as instituições de ensino superior e as empresas.

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