'Dino Matrosse' foi secretário para as Relações Internacionais do Bureau Político do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), até 08 deste mês, altura em que se realizou o congresso extraordinário do partido, para a transição de poder entre José Eduardo dos Santos, antigo líder da organização política e ex-Presidente de Angola, e João Lourenço.
Para o veterano, que já ocupou igualmente o cargo de Secretário-geral do MPLA, "não é fácil" a análise sobre um ano de governação de João Lourenço, "num tempo tão curto e numa situação tão conturbada".
"Angola ficou sem dinheiro, numa crise, mas ele [João Lourenço] tem estado aos poucos a trabalhar, no fundo, a banir a crise que temos, que afetou profundamente a economia de Angola e que tem consequências muito negativas para o povo angolano", disse, em declarações à agência Lusa.
Apesar dos desafios que João Lourenço tem para enfrentar, Dino Matross considera "positivo" o que fez até agora o Presidente angolano e líder do seu partido, porque "foi tomando medidas corajosas".
"E assim queremos aconselhá-lo que deve continuar a tomar essas medidas, sobretudo na área da corrupção. De facto, a corrupção, não há país onde não existe, é um mal que deve ser banido em todas as sociedades. Vamos ajudá-lo nesse sentido", frisou.
João Lourenço foi eleito chefe de Estado de Angola nas eleições gerais de 23 de agosto de 2017, tendo sido empossado a 26 de setembro do mesmo ano.
Tornou-se o terceiro Presidente de Angola desde a independência do país, em 1975, sucedendo a António Agostinho Neto (1975/1979) e José Eduardo dos Santos (1979/2017).
Por outro lado, a 08 deste mês, João Lourenço assumiu a liderança do partido que sempre governou o país, o MPLA, sucedendo também a Eduardo dos Santos, que deixou a política ativai angolana.