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Sexta, 03 Agosto 2018 12:18

UNITA releva dedicação de Jonas Savimbi a Angola no dia em que faria 84 anos

Jonas Savimbi, o líder histórico da UNITA, que morreu a 22 de fevereiro de 2002, celebraria hoje o seu 84.º aniversário, facto que o partido destaca numa declaração em que releva a dedicação de uma vida a Angola.

Para a União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), os grandes princípios que nortearam a luta de Savimbi, como a independência nacional, a democracia partidária, a unidade nacional e a justiça social "mantêm toda a sua atualidade".

"Hoje, decorridos 84 anos do nascimento do Presidente fundador da UNITA, os angolanos reconhecem os seguintes factos: que o Dr. Jonas Malheiro Savimbi dedicou toda a sua vida por Angola e pelos angolanos, tendo colocado sempre a Pátria angolana e os interesses dos angolanos em primeiro lugar", lê-se na declaração de hoje do partido liderado atualmente por Isaías Samakuva.

No documento, a UNITA sustenta que o exercício do poder na Pátria do nascimento de Savimbi "só é patriótico se os interesses dos angolanos, "especialmente dos angolanos mais desfavorecidos", forem colocados em primeiro lugar pelos governantes eleitos.

"Daí a sua [Savimbi] máxima: 1.º o angolano, 2.º o angolano, 3.º o angolano, o angolano sempre", refere-se na declaração do Secretariado Executivo do Comité Permanente da UNITA.

"Neste dia memorável do 84.º aniversário natalício do Dr. Jonas Savimbi, a direção da UNITA recorda o seu patriotismo sublime e apela a todos os angolanos para continuarem a trabalhar em prol da unidade nacional, pois ninguém é mais angolano do que outro", acrescenta-se.

Para o partido da oposição em Angola, "não há angolanos de primeira, nem de segunda, nem de terceira", pois todos integram, de igual modo, as autarquias locais, que são pessoas coletivas territoriais e em todos os municípios.

"Honremos o passado e a nossa História, que deve ser contada com verdade. Sejamos capazes, todos, de aprender com os erros cometidos para o reforço da democracia e da unidade nacional", apela aquele órgão do partido.

O "presidente fundador" da UNITA nasceu 03 de agosto de 1934, no Munhango, a comuna fronteiriça entre as províncias do Bié e Moxico.

Segundo a UNITA, Savimbi compreendeu, desde muito cedo, os fenómenos geopolíticos que causaram o subdesenvolvimento da África, antes e depois da II Guerra Mundial, tendo completado os seus estudos na Europa e, por via disso, integrou o movimento pan-africanista da libertação da África.

"Entregou-se de corpo e alma à causa da liberdade dos povos. Visionário e realista, cedo compreendeu que a chave do sucesso da luta desigual contra o colonialismo e contra o subdesenvolvimento era a unidade dos povos oprimidos e a luta no interior do País", lê-se na declaração.

Na qualidade de Secretário Geral da União dos Povos de Angola (UPA) e de Secretário Para os Negócios Estrangeiros do Governo Revolucionário de Angola no Exílio (GRAE), o Dr. Jonas Savimbi foi instrumental na criação da Organização da Unidade Africana, em Adis Abeba, Etiópia, no dia 25 de maio de 1963. Três anos depois, em março de 1966, criava, em Angola, a União Nacional para a Independência Total de Angola - UNITA", relembra-se no documento.

Segundo o Secretariado Executivo do Comité Permanente da UNITA, mais tarde, "depois de ter falhado a conquista da unidade nacional" antes da proclamação da independência, Savimbi "voltou a ser instrumental na busca da unidade dos povos de Angola".

"Subscreveu, a 31 de maio de 1991, junto com o Presidente da República Popular de Angola, José Eduardo dos Santos, e sob a mediação do Governo Português, os Acordos de Paz Para Angola, também conhecidos por Acordos de Bicesse, que estabeleceram os fundamentos para a construção em Angola de uma sociedade de paz, justa, unida e democrática, onde todos pudessem usufruir de uma cidadania igual e se sentissem com direitos e oportunidades iguais", lembra a UNITA.

A declaração termina com "vivas" a Angola, à unidade nacional e à "memória" do "presidente fundador" da UNITA.

Jonas Savimbi viria a ser morto em combate a 22 de fevereiro de 2002 próximo de Lucusse, na província do Moxico, após uma perseguição das forças armadas angolanas.

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