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Terça, 12 Junho 2018 17:08

PGR diz que processos de transferências ilícitas estão quase concluídos

Os processos sobre a "transferência ilegal" de 500 milhões de dólares de Angola para um banco estrangeiro e a "tentativa de burla" de 50 mil milhões de dólares ao Estado angolano "estão praticamente concluídos", anunciou fonte oficial.

A informação foi hoje avançada pelo Procurador-Geral da República de Angola, Hélder Pitta Grós, à margem da cerimónia de posse de 25 novos magistrados judiciais.

"Os processos estão a ser trabalhados, praticamente concluídos e acredito que dentro de pouco tempo poderemos dar uma satisfação pública dos resultados", disse hoje aos jornalistas Hélder Pitta Grós.

No primeiro caso, está em causa uma transferência ilegal de 500 milhões de dólares de Angola para um banco britânico, em que além de José Filomeno dos Santos e o seu sócio, Jorge Gaudens Pontes Sebastião, foram constituídos arguidos o ex-governador do Banco Nacional de Angola (BNA), Valter Filipe, e dois funcionários do banco central.

Relativamente à tentativa de burla ao Estado angolano de 50 mil milhões de dólares foram constituídos arguidos altas patentes das Forças Armadas Angolanas (FAA), entre eles o ex-Chefe Estado-Maior das FAA, Geraldo Satchipengo Nunda, ainda o antigo diretor da Unidade Técnica de Investimento Privado (UTIP), Norberto Garcia, igualmente secretário para a Informação do MPLA, partido no poder, e o ex-diretor da Agência para a Promoção do Investimento e Exportação (APIEX), Belarmino Van-Dúnem.

Deste caso, algumas pessoas estão já detidas preventivamente, sendo dois angolanos, quatro tailandeses, um eritreu, quatro canadianos, conforme anunciou, em março, a Direção Nacional de Investigação e Ação Penal (DNIAP) da PGR angolana.

Questionado sobre as razões que levaram esta semana ao afastamento do diretor da DNIAP, que anunciou publicamente os nomes dos arguidos do processo da tentativa de burla ao Estado angolano de 50 mil milhões de dólares, Hélder Pitta Grós referiu que a mesma aconteceu "de acordo com os interesses da PGR".

"Foi de acordo com os interesses, quer do serviço, quer dos próprios magistrados, estamos num processo de adequar o perfil dos magistrados à nossa atividade, eu tomei posse há seis meses, tenho estado a estudar o perfil dos magistrados e a ver onde podem ser mais e melhor utilizados", justificou.

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