Print this page
Terça, 12 Junho 2018 11:50

FNLA, um partido dois congressos no mesmo mês

Foi ontem anunciada a realização de dois congressos pela Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA). Por um lado, o II Congresso Extraordinário a ser realizado de 25 a 28 de Junho próximo, no Huambo, e outro, pelo grupo dos 50%+23 membros do Comité Central, em Luanda, para de 19 a 21 deste mês

O secretário nacional para a mobilização e formação e porta-voz da FNLA, Jerónimo Makana, anunciou ontem, em conferência de imprensa, em Luanda, que o congresso do partido tem como objectivo retificar e analisar os seus estatutos, bem como apresentar as estratégias para as eleições autárquicas marcadas para o ano de 2020.

Jerónimo Makana reconheceu na sua intervenção que “os estatutos do partido têm sido a principal razão dos conflitos internos entre os membros da FNLA, tendo adiantado que o congresso ora agendado não servirá para eleição de novos membros para a direcção do partido” “Não se trata de um congresso electivo, mas sim um fórum que vai analisar e reflectir sobre vários assuntos relacionados ao próprio partido. Sabe-se que o partido durante os últimos tempos está a sofrer um grande declínio.

Observamos isso nas eleições passadas, onde obtivemos resultados que nos garantiram apenas um deputado à Assembleia Nacional”, frisou. Segundo o porta-voz, concluiuse ser necessário efectuar-se certas reformas no partido, tanto ao nível estrutural, como funcional. Questionado sobre a unidade no partido, Jerónimo Makana disse que a FNLA não tem alas. “O que está a haver é uma má interpretação da funcionalidade e das suas estruturas”.

TC “chumbou” providência cautelar de Lucas Ngonda Numa outra conferência de imprensa, o coordenador adjunto da comissão organizadora do Congresso Extraordinário Inclusivo da FNLA, Laís Eduardo, disse que o Tribunal Constitucional (TC) chumbou a providência cautelar de Lucas Ngonda contra a realização do Congresso Extraordinário Inclusivo liderado por 50%+23 membros do comité central da FNLA, a ser realizado de 19 a 21 de Junho em curso.

Lais Eduardo assegurou que, de acordo com os estatutos do partido, 50%+23 membros do comité central da FNLA podem convocar a realização de um congresso caso a situação assim o exija. Acrescentou ainda que pela con-vocação do Congresso Extraordinário Inclusivo, o presidente do partido, Lucas Ngonda, intentou uma acção de providência cautelar junto do TC contra Ndonda Nzinga e o amplo movimento para a unidade e resgate da FNLA, a qual foi chumbada pelo referido órgão de soberania de Angola.

O responsável referiu que o congresso está a ser financiado pelos militantes do partido e será realizado de 19 a 21 do mês em curso pelas no Cine São João, em Luanda, sob o lema “Angola salve a FNLA, um dos seus patrimónios históricos e uma dívida moral”. Este congresso tem como objectivo levar o partido a reunificar-se.

Disse que as causas da crise no seio do partido são excessivamente conhecidas e se resumem à violação em bloco dos princípios normativos da FNLA, por parte do presidente do partido, a crescente corrupção galopante, gestão danosa, tráfico de influências, privação das liberdades individuais e colectivas, bem como a inibição das vozes discordantes.

Acusou ainda Lucas Ngonda de violar a Constituição da República de Angola e a Lei dos Partidos Políticos, de incompetência crónica, vício de forma, desvio, abuso e usurpação do poder. “Todos esses males constituem os pilares do poder partidário do presidente Lucas Benghy Ngonda”, frisou. OPAIS

Rate this item
(0 votes)

Latest from Angola 24 Horas

Template Design © Joomla Templates | GavickPro. All rights reserved.