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Sexta, 01 Junho 2018 19:20

Ministro João Melo critica comunicação social portuguesa

O ministro da Comunicação Social de Angola considera que o país está a viver um momento único de "abertura" política, económica e diplomática, mas condena o modo com a Imprensa portuguesa retrata o país africano.

"Salvo situações pontuais, o que os jornais portugueses fazem não é jornalismo, mas campanha", criticou João Melo.

A crítica à imprensa portuguesa surgiu esta tarde pela voz do ministro angolano da comunicação social: "O que, salvo exceções pontuais, os principais meios de comunicação portugueses têm feito em relação a Angola não é jornalismo, mas campanha. Comprovam-no quer os critérios limitados e parciais da escolha dos factos a noticiar ou comentar, quer o caráter seletivo das fontes a que os referidos meios recorrem para justificar ou enquadrar as notícias selecionadas".

As críticas não se ficaram por aqui. João Melo falou no excesso de uniformização entre os meios de comunicação social. E deu exemplos: "A televisão portuguesa parece conhecer apenas três especialistas em Angola, para abordar os acontecimentos angolanos".

Nos últimos tempos, o tema forte em relação a Angola foi o processo que seguiu para Luanda referente ao ex-vice-presidente Manuel Vicente. Na conferência dos 130 anos do JN, João Melo não se referiu diretamente ao tema, mas sublinhou a necessidade de cumprir os acordos assinados.

"Para nos entendermos, em português ou em qualquer outra língua, temos de fazê-lo com base em algumas démarches: melhor conhecimento mútuo, fim dos complexos de superioridade e de inferioridade, abandono da visão baseada em dois pesos e duas medidas, respeito pela soberania de cada um, cumprimento dos acordos livremente assinados", frisou.

Ficou o recado, na ressaca de uma polémica que fez correr muita tinta e depois de Portugal ter dito que acabou "o irritante" nas relações com Angola.

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