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Sexta, 07 Fevereiro 2014 22:16

José Eduardo dos Santos ataca bureau político do MPLA

O Secretariado do Bureau Político do MPLA, cuja tarefa essencial é estudar os assuntos através dos departamentos competentes especializados e preparar a agenda e as matérias para apreciação e decisão do Bureau Político e do presidente do partido, tem sido muito lento neste domínio, e pouco dinâmico no acompanhamento e concretização das resoluções.

Esta observação foi feita hoje, sexta-feira, em Luanda, pelo Presidente do MPLA, José Eduardo dos Santos, quando discursava na abertura do VII sessão ordinário do Comité Central do partido, que está a avaliar o trabalho realizado em 2013 e perspectivar novas acções para o presente ano.

Segundo José Eduardo dos Santos, na última reunião do Bureau Político do partido por si presidido concluiu-se que as estatísticas apresentadas pelo departamento de Organização e Mobilização continuam a não ser fiáveis, por variarem sempre para menos em relação ao número anterior de militantes e de comités de acção.

"Por outro lado, o organismo executivo central que conduz o movimento de revitalização das estruturas de base do partido não tem imprimido ao processo a orientação integradora e dinamizadora que os comités de acção devem assumir para assegurarem uma actividade concertada, no futuro, das comissões de moradores, das estruturas de vigilância comunitária a criar e de outros agentes que actuam em prol do bem-estar, da ordem e tranquilidade públicas das comunidades em que estão inseridas", disse.

Neste sentido, José Eduardo dos Santos informou que o Bureau Político recomendou o reajustamento dos métodos de trabalho e do programa de acção da comissão nacional do movimento de revitalização e a capacitação da área do Departamento de Organização e Mobilização, que se ocupa do registo electrónico dos dados do partido.

Outra constatação feita, segundo o presidente do partido governante, é que a supressão dos círculos de estudo, das candidaturas livres e da eleição directa dos primeiros secretários dos comités de acção do partido, arrefeceu ou quebrou o dinamismo da actividade das estruturas de base do MPLA, impondo-se agora reflectir se vale a pena ou não voltar à primeira forma.

"Essa perda de dinamismo do trabalho político e partidário e o diálogo insuficiente entre os dirigentes, responsáveis, quadros e as bases do Partido, e o povo de um modo geral, não permite manter viva e actualizada a mensagem sobre as intenções e realizações do MPLA, abrindo espaços vazios que são preenchidos, com algum impacto, com mentiras e calúnias dos seus detractores e adversários de má fé", sublinhou.

Participam na reunião, que termina ainda hoje, 268 membros do Comité Central dos 311 integrantes, havendo 10 vagas que serão preenchidas no decurso desta sessão.

Angop/A24

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