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Quinta, 03 Mai 2018 22:46

O mistério da frase: "Nem mais um tiro, temos de preservar os homens vivos e negociar a Paz"

Dr. Savimbi, havia colocado o seu plano de guerra em completo falhanço, cujo teor residia numa ordem segundo a qual – Cuito – Bie, tinha de ser queimado até as cinzas, que nem mesmo a vida de um rato tinha de ser um facto, porém, General Bock, experimentava o temor de haver de perder seus familiares cujo cuito era na altura local de residência. Todavia, ordenou militares dos serviços de inteligência, com fim de manterem seus familiares no sopro da UNITA, longe do Cuito – Bié.

Por João Henrique Hungulo

O Uragam, a arma de fabrico Ucraniano, estava prestes à vomitar a sua violência funesta que a ninguém havia de poupar a vida, cuja potência bélica, era capaz de demolir mesmo até as cinzas uma vila inteira.

Cuito – Bié, estava prestes à ser queimado por gente de má – fé, que nem ao povo teme poupar – lhe a vida.

Savimbi, havia de demolir tudo quanto tinha vida e no Cuito – Bié residia, a entrada desse plano de guerra caiu em águas turvas, Deus, Omnisciência Senhor, o Princípio e o fim de todas as coisas que neste mundo houve, há e haverá, amanhã, Ente – enquanto – Ente, Pai altíssimo, não permitia sequer, que o povo do Bié tinha de morrer feito baratas mortas por xeltox. Deus, Pai eterno, não aceitava mais que milhares de vidas, tinham de ser sacrificadas sem razão justificável, neste ângulo, a entrada da BRINDE no Cuito – Bie, com o fim de retirar a família do General Bock, despertou as forças da SISM, que perseguiram os intrusos, tendo – os apanhados, acabaram por revelar todo plano militar que residia no segredo último de Jonas Savimbi, cujo fim visava pôr às cinzas o Cuito – Bié. Era desvendada na altura pelas FAA, a estratégia de guerra da UNITA. Com isso, as FAA, organizavam em uníssono, os seus melhores condigentes militares, concentraram todas as zonas militares do País, num só polo – CUITO, com o fim de pôr em termo, o plano militar de Savimbi cuja índole visava colocar Cuito em cinzas, a UNITA, fora pegue de surpresa no Andulo, acabavam de perder de forma súbitae implacável, todo o seu maior bastião e arcenal de guerra no Andulo, tendo sido perseguidos até ao Bailundo, Savimbi, sentia a raiva a aranhar – lhe a garganta e não tardava por questionar os porques da falha da táctica de guerra na altura, tendo chegado à sua corte, sem demora, toda informação suscinta do ocorrido, que colocava o General Bock em causa.

Informado pelo sucedido, Savimbi, questionou à Bock, na altura nas vestes de Chefe do Estado Maior da UNITA, sobre os factos porque combaliram os planos militares da época, Bock, somente disse, “o plano falhou porque quisera tirar a minha tia e fui descoberto”. Savimbi, mandara assassinar de imediato Bock e Antero, acusando – os, de o terem enganado de que haviam de ganhar a guerra, nesta altura Savimbi agia como Hitler quando via seu exército completamente cercado, e disse: tudo acabou, tudo acabou, não há mais como continuar… Eram as palavras que ditavam o fim de sua carreira militar! Vocês acabaram de aniquilar todo o meu sucesso militar, agora a guerra está perdida.”

Savimbi, acabara por falharar em quase todos os seus planos militares, até deitar – se na emboscada militar mais funesta da época, Lucussi, via terminada a trajectória do Mano mais velho, aquele que era acusado de ser o rebelde mais violento de África Austral, porquê não mesmo de África? Aquele Líder que a todos mandava à sepultura basta que sua ordem fosse colocada em evidência.

A UNITA, acabara de cruzar o seu fim último, numa esquina bastante estreita, que nem mesmo o microscópio óptico, pode observar; seus líderes, generais, brigadeiros, comandos de alta elite militar, indomáveis e autênticos arriscados nas frentes de combate, estrategas de guerra e cabos de alta dimensão nos termos das manobras militares e contorno à visão inimiga, tinham à sua espreita a morte, como o recurso último, que saltava em torno de sua existência face as circunstâncias que se viam a bater – lhes à porta, fazendo – se concretizar o adágio em espanhol: “QUIEN A HIERRO MATA, A HIERRO MUERE  - quem com ferro mata, com ferro morre.“ 

A sorte era rara, e, afugentava – se como lebres que esgueiram-se – se de predadores perigosos. A vida andava presa no fio de uma navalha. O fim da UNITA, encontrava – se expresso num horizonte que não adiava a sua eventualidade, havia de abscindir, havia de fenecer, uma organização por completo.  

Foi necessária, a voz de um herói, que hoje, muitos o deram às costas, outros nem sequer o respeito o têm mais dado, alguns até, absorveram – lho a dignidade e honra que conqusitou em prol desta nação. Foi nas palavras desse grande herói, que residia a decisão de vida ou morte da UNITA.

Porém, o poupar de vidas que haviam de morrer de maneria irreversível nas matas do Lucussi e do País além, eram a marca mais humana desse grande homem. Foram as palavras de um grande Líder, que deram lugar à salvação de milhares de pessoas prestes à serem consumidas pela terra do exílio e do silêncio: “NEM MAIS UM TIRO, TEMOS DE PRESERVAR OS HOMENS VIVOS E NEGOCIAR A PAZ”.

Quem o faria? A seu tempo? Tal quanto o Excelentíssimo Sr Pr – Dos Santos, o fez, que a seu tempo, à seu domínio, todo o poder sobre si estava circundado, era ele, na sua altura com liberdade de decisão, poder e máximo respeito, nos termos do ordenamento militar, uma ordem dada por Ele, não hesitaria em extirpar todos quanto à causa, era – lhes em posse, aliás, a maioria dos Líderes neste universo, exceptuando – se Madiba – Nelson Mandela, seguiria os preceitos de Maquiavel: “Matar tudo, poupar o inimigo, é prolongar com a guerra.” Mas o Presidente Dos Santos fez o diferente, uma acção excepcional, equiparável a acção de Madiba, uma acção extremamente humana, que havia de ser recordada de forma continuada sobre sucessões de gerações pelos angolanos de toda natureza: “NEM MAIS UM TIRO, TEMOS DE PRESERVAR OS HOMENS VIVOS E NEGOCIAR A PAZ!”

A compaixão tão incisiva do Presidente Dos Santos, não permitia que as vozes das armas tinham de engolir mais vidas humanas de forma precoce, não permitia que os horrores paridos pelas balas e canhões e tangues de guerra e blindagem de alta estirpe beligerante como Mona Cachito, continuassem a bailar no aniversário da metralhadora, não permitia que os cemitérios continuassem a aplaudir o aluguer de novos inquilinos. 

Nessa época, embora a música cantava pelas armas de alta dimensão militar, já havia cessado o seu show, as forças da UNITA, encontravam – se malquistadas, destroças, sem eira, nem beira, como musgos perdidos num tronco velho! Os seus altos dirigentes, no domínio bélico, vestiam as enxergas de farrapos para aguentar os últimos dias porque estavam prontos a passar, a esperança pairava no segredo dos deuses de atena. A fome e as calamidades eram as estrofes contadas pelas circunstâncias da época, as crianças e os velhos não resistiam mais nem por um segundo!

«O Excelentíssimo Sr. General Armando da Cruz Neto», na altura, nas vestes de Chefe do Estado Maior General, ligara de imediato para «Sua Excelência Comandante em Chefe do Exército Digníssimo Eng. Dos Santos», com vista a buscar orientações que visavam dar lugar à direcção dos planos à porteriori, em virtude das hostes inimigas estarem completamente debeladas pela fraquesa, pela ironia do destino, era da pessoa do “Presidente Dos Santos”, que vinha uma voz humilde, serena, pausada, como o entoar de cânticos nos céus pelos anjos, o perdão, era a saliência mais cimeira de tal ordem militar: “NEM MAIS UM TIRO, TEMOS DE PRESERVAR OS HOMENS VIVOS E NEGOCIAR A PAZ”; começava nesta frase, um novo amanhã inspirado numa Angola Nova, marcada pela reconciliação nacional de todos os angolanos, de todos os horizontes e de todas as classes!

Sem dúvida, que diante de uma outra pessoa nenhuma vida havia de ser poupada em combate, em virtude da UNITA, ser portadora de uma fraqueza que até o vento estava prestes a sepultá - la, porém, a complacência, o humanismo, a caridade do Presidente Dos Santos, foram forte demais, foi um acto singular, ao ponto de ordenar que se poupassem vidas prestes à derramarem o seu sangue em frente de combate, e negociar a paz, fala – se de vidas que na altura estavam nas vestes inimigas, essas vidas salvas pelo Presidente Dos Santos, nunca seriam poupadas se a história fosse contada de modo inverso. 

BEM-HAJA SENHOR PRESIDENTE, SEUS FEITOS MARCARAM A ANGOLANIDADE TODA, SOMENTE NÃO ACREDITA QUEM NÃO VIVEU O PASSADO DESSA TERRA, ALIÁS, ATÉ HERÓIS VERGAM – SE EM VÉNIA NA SUA PESSOA, PORQUE O VOSSO HEROÍSMO, É ANTES DE TUDO UMA MISSÃO QUE PRECEDE A DE QUALQUER HERÓI QUE POSSUI COMO CAUSA O PATRIOTISMO EM PROL DE ANGOLA PÁTRIA.

DETERMINOU A REALIZAÇÃO MAIS ALTA DE ANGOLA DE TODOS OS TEMPOS: “NEM MAIS UM TIRO, TEMOS DE PRESERVAR OS HOMENS VIVOS E NEGOCIAR A PAZ”.

Eterno Líder, que a mão de Deus seja – lhe em companhia, dirão as gerações vindouras que o Vosso Sacrifício, foi inédito, foi excepcional, foi singular, e todos quanto por Angola passarem, ter – lhe – ão como exemplo de vida, paz, coragem, firmeza, reconciliação e perdão: “NEM MAIS UM TIRO, TEMOS DE PRESERVAR OS HOMENS VIVOS E NEGOCIAR A PAZ!”

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