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Domingo, 21 Mai 2017 23:32

Qual a "pitada certa" para as Empresas Angolanas em Tempos de Crise?

Num ambiente macroeconómico adverso para as Empresas qual deve ser a pitada certa para as empresas Angolanas? 

Por Janísio C. Salomão | Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

Em períodos em que a principal matéria prima de exportação da Balança Comercial Angolana “o petróleo” não traz os fluxos monetários necessários para a realização das despesas públicas devido ao preço baixo, o sector não petrolífero, necessita de ganhar um papel mais preponderante, tornando –se assim, a fonte alternativa na geração de “receitas não petrolíferas”.

E, como consabido, grande parte das receitas não têm nenhuma outra proveniência a não ser, através da empresas.

A crise obrigou o encerramento de grande parte das empresas no País e, as que encontram –se em funcionamento, vão se aguentando aos soluços e solavancos, vão dando o ar da sua graça, gerando produtos, empregos e, receitas para o Estado.

Aí é que reside o problema!

Quando as receitas tornam-se escassas o Ministério das Finanças é chamado para desempenhar o seu papel, no que tange, a arrecadação de receitas, sobretudo, as “não petrolíferas”. 

Em períodos de crise,  o Estado deve ser o principal cozinheiro "MasterChef" adicionando a pitada certa de sal, para não salgar a comida!.

No entanto, a empresa deve ser o resultado ou produto final do cozinheiro, a comida saborosa com a dose certa para produzir o sabor adequado ao nosso paladar;

A economia como todo, deve ser o restaurante, em que, todo aquele que procura satisfazer a sua necessidade, acaba por sentir-se satisfeito;

É imperioso que exista a química e dose adequada entre todos os intervenientes deste processo, o local que é o restaurante, o ambiente do restaurante, atendimento e o elemento vital que é, a refeição;

Estes são os condimentos necessários para que a economia funcione sem constrangimentos que estrangulem o seu normal é correcto funcionamento;

Existindo esta simbiose, julgo que, sairão todos a ganhar o dono do restaurante porque os seus clientes estão satisfeitos com a prestação de serviço, que certamente traduzir-se-á num facturamento normal e sustentável do estabelecimento e, os clientes que, continuarão a fluir e, consumir os produtos, pagando sem contestação o preço praticados pelo estabelecimento.

Em mercados do tipo monopolista em que apenas existe um vendedor-produtor ou prestador de serviço, quando se notar uma insatisfação por parte dos clientes face ao produto ou serviço prestado, os clientes normalmente procuram encontram dois tipos de alternativas:

1 - Deixam de consumir o produto por diversas razões tais como: preço, qualidade e, ou;

2 - Substituem por produtos sucedâneos, ou seja, com características semelhantes;

As situações acima elencadas têm sempre o seu impacto directo na facturação ou no processo de arrecadação de receitas. 

Contextualizando, quando as empresas são sufocadas pelo sistema fiscal, normalmente encontram formas diversas de escapar o fisco, contribuindo fortemente para a evasão fiscal por um lado,  ou acabam por encerrar as empresas, tendo como motivos o sistema fiscal coercivo ou adverso as empresas, por outro lado.

Por isso o Estado através dos seus intervenientes directos devem saber qual a “pitada certa” em tempos de crise de tal forma que o sistema económico não venha a piorar devido a uma dose excessiva, caindo num ciclo vicioso que em o aumento da taxa de mortalidade de empresas, eleve o desemprego no País, contribuindo para o aumento da pobreza, criminalidade e uma fraca arrecadação de impostos.

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