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Segunda, 21 Outubro 2013 21:48

A Relação Promíscua entre Angola e Portugal

A maneira como foi anunciada o rompimento dos Planos Estratégicos, ou o cessar destes, entre Portugal e Angola, pelo presidente deste país, prova a relação de promiscuidade  entre os governantes  angolanos e a comunidade empresarial portuguesa. Estes tão corruptos como aqueles.

Esta, no capitalismo, é a classe  viciada em promover o vício  que hoje se combate como o mal dos povos e nações em qualquer nível e escala, no tempo e no espaço. Quando se trata de espaço, o que se quer aqui dizer é a internacionalização e até a globalização da corrupção.

Esta combatida com  certo grau  de eficiência em países democráticos e civilizados, em que a separação dos poderes é indiscutível e visível.

Em menor   medida,  Portugal se enquadra  no civismo da democracia, o que torna  seguro  e confiáveis as instituições deste país para combater o mal que aqui nos referimos. É aqui que entra o poder atribuído ao Ministério Público deste país  e que lhe permite de forma independente e autônoma ir atrás de bandidos, sejam eles portugueses ou angolanos. Estes livres e poderosos no território nacional não têm condições de impedir que a justiça de um país como Portugal funcione contra os mesmos, já que a roubalheira e o saqueio das riquezas do  povo angolano continuam  tendo destino naquele país, ex-Império e, hoje,  paraíso  que guarda à  sete  chaves  as delícias maldosas,   vindo das terras de Ekuikui, Mandume e Agostinho Neto!

A corrupção é mesmo assim, sempre se sente injustiçada e perseguida, só não se  sente isso em Angola, porque nesse país quem devia perseguir e “injustiçar”   os corruptos também é corrupto.

Na verdade, Angola transformou-se num  país independente e livre  para os  corruptos; a impressão que dá é que Agostinho Neto declarou a independência de Angola para que  corruptos tivessem um país em que eles pudessem viver sem serem molestados; com direito ainda a terem uma bandeira, um hino, um exército, uma polícia, leis que lhes protegem e, finalmente, um povo que lhes dá apoiou e legitimidade.

Em Portugal não é assim, neste país apesar de suas maldades para com os angolanos, a   própria maldade ainda é perseguida!  Entre elas a corrupção, que em Angola anda livre, se depender faz discursos, da ordens  e se declara, ainda, se necessário, herói da nação, com direito a ser respeitado, no Parlamento e nos  Tribunais.

Portugal também é um país de e com políticos promíscuos, mas o profissionalismo de seus juízes, promotores e os homens da justiça em geral, faz com que aqueles andem na linha, podem até estabelecer acordos  e contratos comerciais, usando o grupo social mais viciado que esta nação tem, porque precisa   gerar empregos  e riquezas a sua população. Na crise em que  Portugal se encontra tudo pode valer   a pena, até um pouco de promiscuidade, com aquele país da liberdade( Angola). Mas quem não quer mesmo saber de violação de regras é a promotoria portuguesa, estes como uma mão da justiça divina estão de parabéns, e estarão sempre, enquanto agirem assim: com imparcialidade, transparência e autonomia. Virtudes que o Povo Português lhes confiou!

Agora quem precisa mostrar, declarar  e anunciar sua independência é Portugal. Que  se lixem os corruptos angolanos, estes podem esbravejar, mas as terras de Camões, de Camilo, Bocage e Fernando Pessoal, como num  campo de batalha, saberá levantar sua bandeira e provar aos corruptos do além mar, que caras feias não estremecem a nação Portuguesa!

Não está demais nesta hora ser solidário com o povo Português, que mesmo com uma das  mãos da troika no seu pescoço, outra sufocando e apertando o seu peito; e ainda uma apertando os seus testículos consegue dizer não aos corruptos angolanos!

Eu não consigo manter a emoção e  digo: Viva Portugal de José Saramago!

Nelo de Carvalho

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