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Sexta, 17 Agosto 2018 22:36

A proibição do uso de cabelo brasileiro é uma forma de combater o abandono escolar por meninas?

A proibição do uso da tissagem, da peruca, do postiço, de cabelo brasileiro... é uma forma de combater o fenómeno do abandono escolar por parte das meninas e das adolescentes? 

A proibição do uso da tissagem, da peruca, do cabelo brasileiro... ao nível de algumas escolas no país divide a nossa sociedade, de um lado existem os prós e de outro lado os contras. Os contras têm o direito de estar contra esta medida, têm o direito de xinguilar, como já pude ver algumas tias e manas a xinguilar, mas aquilo é xinguilar! Xé!

Mas os prós têm também o direito de defender esta medida, mas cabe aos mesmos apresentar argumentos convincentes a fim de convencer aqueles que se oponhem a esta medida. E em função desse aceso debate, que provocou vários xinguilamentos entendi dar o meu contributo.

A Ministra da Juventude e Desporto, Ana Paula de Silva Sacramento durante o acto de abertura da conferência sobre a saúde sexual e reprodutiva dos adolescentes e jovens sob lema "agir agora pensando no amanhã", disse o seguinte: "Em Angola 50% das mulheres já tiveram a primeira gravidez antes dos 18 anos de idade, razão que limita a educação e as oportunidades aos adolescentes".

Segundo o site conceito de, o abandono escolar refere-se à saída de um aluno da escola antes do final do ano lectivo que estava a frequentar. Ou é quando um aluno deixa de frequentar a escola, embora ainda não tenha completado a sua formação.
O profissional que acompanham de perto o fenómeno do abandono escolar é o professor. E equiparo o exercício da profissão de professor com o exercício do sacerdócio, embora reconheça que eles têm objectivos diferentes, mas o objecto é comum.

Todo aquele que exerce a profissão de professor e teve o privilégio de trabalhar numa escola de ensino primário e depois passou para o I° ciclo (os actuais colégios) ou vice-versa.

Notou que o fenómeno de abandono escolar por parte das meninas e das adolescentes se torna mais evidente no I° ciclo do que no ensino primário. Quer dizer, o índice de alunas que abandonam a escola no I° ciclo é superior ao índice de alunas que abandonam a escola no ensino primário.

E aquelas alunas que chegam no I° ciclo, actualmente colégio, muitas delas não chegam a frequentar o II° Ciclo. E é muita gente que poderia ajudar no desenvolvimento do país que acaba por ver frustrada essa intenção. E em função disso levanto a seguinte questão.

Como o governo na qualidade de ser a instituição que administra o Estado pode contrapor este problemão? Ou que políticas deve implementar?

Mas esta questão que levantei é antecedida pelas seguintes questões: Quais são as causas de abandono escolar por parte das meninas e adolescentes? Porquê no ensino primário há um número significativo de alunas e no I° ciclo este número de alunas reduz consideravelmente?

Olhando pelas questões que têm a ver com as políticas que o governo deve implementar e as motivações que levam com que de um nível a outro o número de alunas reduz. É mais sensato que fale primeiramente das causas que provocam o abandono escolar por parte das meninas e das adolescentes, e depois apresente propostas em como se pode contrapor este problemão.

Deste modo, falarei inicialmente da causa e depois dos efeitos e em como se pode contornar estes efeitos.

1. As causas de abandono escolar por parte das meninas e adolescentes

Das mais diversas causas que existem entendi falar sobre a gravidez e a maternidade precoce. Pois essa causa vai de encontro com o tema em causa. E qualquer pessoa honesta vê a olho nú que as nossas filhas, as sobrinhas, as irmãs, as tias... estão abandonando a escola devido a gravidez e a maternidade precoce. E isso é problemão, e não deve ser visto de ânimo leve. Pois é uma parte significativa de recursos humanos que o país tem, mas não chegam a contribuir de forma mais adequada no país.

Mas antes de explica detalhadamente sobre como elas chegam até a gravidez e a maternidade precoce. Importa dizer algo concernente a gravidez precoce e a maternidade precoce.

1. 1. Gravidez precoce

A gravidez precoce é uma gravidez que ocorre em meninas e adolescentes.

1. 2. Maternidade precoce

A maternidade precoce é a experiência pessoal de dar a luz a um filho protagonizada por meninas e adolescentes.

1. 3. Como as meninas e as adolescentes chegam a gravidez e a maternidade precoce

As meninas e as adolescentes chegam a este ponto pois muitas delas são aliciadas, através da "oferta" de bens materiais. Ao olharmos com olhos de ver concluímos facilmente que essas meninas e adolescentes muitas delas ficam gravidas por meio dos "bons samaritanos".

Pois eles têm a capacidade financeira para as aliciar. E com essa febre da tissagem, da peruca, do cabelo brasileiro... de telefones, de roupas chique... Muitos jovens não tem a capacidade financeira para custear isso, devido o desemprego. Mas já os "bons samaritanos" tem essa capacidade financeira, e por necessidade, pela falta de capacidade financeira de muitos progenitores...

Os "bons samaritanos" entram em cena, e logo se apresentam que se "solidarizam" com a situação da falta da tissagem, da peruca, do cabelo brasileiro... de telefone, de roupas... e depois dão essas "ofertas"...

E como o Yanick cantou: "/lhe do, ela também me dá/ /me dá eu também lhe do/ /vamos nos ajudar... /". E é nessa visão da troca de "ajudas" que a gravidez e maternidade precoce acontece.

2. Consequências

As consequências são de varia ordem e a Senhora Ministra quando diz: "Em Angola 50% das mulheres já tiveram a primeira gravidez aos 18 anos de idade, razão que limita a educação e as oportunidades aos adolescentes". Duma forma resumida ela apresenta as consequências resultantes quer da gravidez precoce como da maternidade precoce.

Pois essas meninas e adolescentes acabam por abandonar a escola e depois com uma certa idade como não terminaram a formação não conseguem competir em pé de igualdade com outros.

E muitas se tornam mães solteiras, pois os que dão as "ofertas" citadas, a sua "solidariedade" termina logo que tomam conta que a manga de 10 (nome atribuído as amantes, namoradas adolescentes...)
ficou concebida. Quer dizer, a gravidez e a maternidade precoce na maioria dos casos acaba por destruir a vida destas adolescentes e meninas.

3. Como o governo na qualidade de ser a instituição que administra o Estado pode contrapor este problemão?

Há consenso de que uma das causas que faz com que o número de alunas reduza significativamente a partir do I° ciclo e por adiante, é gravidez e a maternidade precoce. E também é consensual que muitas dessas meninas e adolescentes ficam gravidas pois são aliciadas através da "oferta" de diversos bens materiais.

E as tissagens, as perucas, o postiço, o cabelo brasileiro, o cabelo indiano, o cabelo sintético, o cabelo... fazem parte do leque das "ofertas" que são "ofertadas" para as meninas e para as adolescentes pelos "bons samaritanos".

O Governo ao determinar a obrigatoriedade do uso da bata nas escolas fê-lo visando uniformizar os alunos. Visando contrapor o fenómeno do abandono escolar.

Pois como nem todos pais têm as mesmas possibilidades financeiras, se não houvesse a obrigatoriedade do uso da bata nas escolas, muitos alunos acabariam por desistir da escola, por não ter uma boa camisa no caso de alunos e uma boa blusa no caso de alunas. Mas o uso da bata uniformiza os alunos, e reduz significativamente esse sentimento de não estar bem apresentado.

Então levanto a seguinte questão. O Governo quando decreta que o uso da bata nas escolas públicas é obrigatório viola direitos e liberdades fundamentais dos cidadãos?

Bem, muitos dirão não, pois é uma medida que em função da sua importância capital é consensual que os alunos devem usar a bata na escola visando uniformizar os mesmos.

E é nessa mesma visão de uniformizar e de contrapor o fenómeno de abandono escolar por parte das meninas e das adolescentes urge que o Governo através do Ministério da Educação asculte os pais e encarregados de educação e a sociedade em geral sobre esta medida de proibição do uso da tissagem, de perucas, de postiço, de cabelo brasileiro... que algumas escolas do país estão tomando.

E em função dos dados que irá coletar ou proíba o uso da tissagem, do postiço, do cabelo brasileiro... em todas as escolas do subsistema de ensino não universitário, ou revogue a proibição do uso da tissagem, do postiço, do cabelo brasileiro... nessas escolas que estão a implementaram esta medida.

Mas dúvido muito que exista um número significativo de pais, que olham esta medida de proibição do uso da tissagem da peruca, do postiço, de cabelo brasileiro... como uma medida errada.

E para as tias e as manas que estão a xinguilar, que estão a "futucar" devido a proibição do uso do cabelo brasileiro, postiço, perucas... decretada em algumas escolas do país e depois dizem que defendem os direitos das mulheres.

Jeova está mesmo a vos ver! Tá memo vos ver!

Então se "batem no chão" sobre a maka da gravidez precoce, de mães solteiras, de abortos... mas agora ficam a xinguilar, a futucar por existir escolas que tomaram uma medida que proíbe o uso daquilo que faz das nossas meninas e das nossas adolescentes reféns dos "bons samaritanos"? Oko!

Jeova tá memo vos ver! Tá memo vos ver! Oko!

Manuel Tandu "O Kutualista"

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