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Segunda, 09 Julho 2018 15:07

Como acabar com a "vergonha" de João Lourenço

A questão da migração da África Subsariana para a Europa voltou ao primeiro plano de actualidade com o discurso de João Lourenço no Parlamento Europeu, onde classificou o flagelo como motivo de "vergonha".

Por Carlos Rosado de Carvalho

"As relações entre Angola, a União Europeia e o Parlamento Europeu são antigas, com algumas décadas já. Temos questões de interesse comum a discutir, nomeadamente questões que têm a ver com desenvolvimento económico e social dos nossos países, questões de segurança, de necessidade de combate ao terrorismo e, sobretudo, necessidade de controlarmos a imigração que se vem verificando nos últimos anos e que em nada nos honra, antes pelo contrário, nos envergonha", precisou o Presidente da República.

"O problema das migrações" foi também apontado pelo presidente do PE, Antonio Tajani como uma das prioridades da agenda de "interesses comuns".

De acordo com o Comité de Desenvolvimento do Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional, a estratégia para combater a miséria que grassa na África Subsariana deve assentar em dois pilares: a auto-ajuda e a assistência e cooperação internacionais.

O primeiro pilar parte do pressuposto de que o principal contributo para o combate à pobreza tem de partir do interior dos próprios países. Sem o fim das guerras e a instauração de governos capazes de definir políticas adequadas de desenvolvimento não será possível sair da miséria que está na origem dos fluxos migratórios.

Mas ainda que a situação interna melhore, os escassos recursos disponíveis não chegam para acudir às necessidades. É aqui que entra o segundo pilar no combate à pobreza, a assistência e a cooperação internacionais.

Em 25 de Setembro de 2017, na sequência da crise de migrantes em risco de escravidão na Líbia, o Conselho da União Europeia (UE) aprovou o Fundo Europeu de Desenvolvimento Sustentável (FEDS). Com uma dotação de até 44 mil milhões de euros para investimento em África e em países da vizinhança europeia, o Fundo tem como "objetivo contribuir para a erradicação da pobreza e dar resposta às causas profundas da migração".

A ideia é ter recursos para o primeiro pilar: o desenvolvimento e a satisfação de necessidades básicas da sua população. Se tivessem garantidas condições mínimas de subsistência, a maioria dos migrantes continuaria nos seus países. Expansao

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