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Quarta, 11 Abril 2018 09:03

Morte das crianças - símbolo de um futuro sepultado

Para melhor compreender os factores que se entrelaçam na construção de um futuro risonho em Angola, é importante contextualizar a realidade do nosso país.

Por João Henrique Hungulo

Angola, é um País que alcançou a paz definitiva há 16 anos, porém, a corrupção demasiada, roubou ao País o privilégio de ser risonho e comprometido com o futuro dos pequeninos, a corrupção violou várias regras inventando uma crise fantasma, para roubar a saúde das crianças, deixando – as longe de terem um amanhã risonho, com o certificado de óbito a lhes ser entregue de forma forçada antes mesmo de atingirem a idade adulta, adiando de forma completa o seu futuro. Corruptos, assaltaram e pilharam a nação, deixando – a, numa crise profunda e entregaram - na, vazia e dispersa, sem eira, nem beira à Pessoa de Boa Fé disposta a mudar o curso natural das coisas no País. 

O resultado deste desgaste sufocante da corrupção, é uma miséria que afecta milhares de cidadãos angolanos, estando em primeiro pólo o sector da saúde, sendo as unidade de atenção infantil as maiores vítimas da corrupção que o País teve de enfrentar no seu passado, como um câncer perigoso que de forma progressiva ia retirando a vida do País no seu todo, expressando o seu rosto hoje, através dessa crise, que levou a felicidade do angolano e deixou o saldo do desespero, caracterizado por uma mortalidade marcada de crianças que se constitui num acto que alarma o futuro do País.

Essa Pessoa de boa fé, é o Cda Presidente João Lourenço, que quer devolver ao País, os direitos roubados pelo passado, quer construir um País onde todos são iguais na dimensão das oportunidades encontradas, quer fazer de Angola uma pátria forte e desenvolvida. Onde todos angolanos possam sentir orgulho de ser angolano. 

A corrupção, é o pior mal que enferma qualquer sociedade, transformando - a numa desgraça declarada, não há futuro ditoso que se exprima na desgraça! 

O Hospital pediátrico David Bernardino, enfrenta problemas trágicos ligados à saúde infantil, perto de 3 à 5 crianças, morrem por falta de cuidados médico – medicamentoso, em virtude da carência de recursos financeiros naquela Unidade Hospitalar. Essa Unidade Hospitalar, atende variados casos de patologias infantis, em torno de quatrocentas e cinquenta crianças em média, diariamente, nos serviços de Urgências. A escassez abismal de todos os meios de assistência médica, caracteriza o quotidiano daquela unidade hospitalar, resultando na perda continuada de várias crianças.

As crianças são a base do futuro de qualquer nação, através da continuidade da sociedade, por meio do efeito destas na idade adulta. São elas, que arvorarão para o futuro, novos paradigmas à luz da tomada de decisões sobre o destino do amanhã.

 No entanto, as crianças, são a opulência mais sumptuosa de qualquer nação que tenha de se avistar atenta aos desafios reservados no futuro como símbolo de transformação continuada da sociedade.

No entanto, a inquietação com a saúde infantil, deve ser uma palavra imperiosa para que não se construa uma sociedade vaga no domínio futuro, porque sem crianças, o futuro que nos espera não pode ser nosso.

Neste ângulo, essa forma de projectar no futuro as chances de mudança do amanhã, não tira das mãos daqueles que são hoje adultos a responsabilidade de lutar por um porvir melhor para todos. O papel dos mais velhos não é apenas preparar os pequenos para lidar com os desafios do amanhã, mas também cuidar do mundo que deixaremos para eles como herança.

Se quisermos construir uma sociedade no amanhã dinâmica e capaz, há que investir de maneira profunda na pessoa da criança, a criança, é o factor decisivo para o futuro, esta, não será capaz de ser um futuro, se hoje não tiver saúde, porque morrerá antes mesmo de chegar ao futuro almejado pelos pais, neste prisma, a saúde é o bem mais precioso para a construção deste futuro por nós evocado.

Recentemente, o Hospital pediátrico deu o seu grito de socorro à quando da alta taxa de mortalidade, isto prova o quanto se está a enterrar a pedra fundamental do futuro, se está a destruir hoje a matéria fundamental para que o futuro seja alçado com precisão. Sem crianças, não pode haver futuro algum, crianças hoje, adultos amanhã, quando se colocam crianças sem saúde, estamos perante um nefasto problema que pode responsabilizar a evolução do País no domínio do futuro. São essas crianças que morrem no Hospital David Bernadino que havia de desempenhar a acção vital para a marcha dos acontecimentos no seu futuro, amanhã. Ao morrerem crianças, privamos um País do seu futuro, edificamos uma sociedade que somente vive do presente, e, o futuro se torna num verdadeiro enigma.

Portanto, é urgente que se faça uso da boa - fé para a defesa da saúde das crianças no Hospital Pediátricos, que Igrejas, Empresas, Instituições de Caridade, assim como o Estado Angolano, coloquem os seus olhos sobre a situação vivida hoje naquela unidade hospitalar, para que não se mate, não se anule o futuro do País. Porque um país sem crianças, é vítima de um vazio no futuro.

João Hungulo: Médico, Poeta, Escritor, Pesquisador. 

HAJA LUZ SOBRE AS TREVAS!

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