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Terça, 20 Março 2018 06:32

Isabel dos Santos afastada do plano bilionário para Luanda

Depois da Sonangol e dos diamantes, a empresária está em vias de ser afastada do plano de 15 mil milhões de dólares para a reabilitação da capital.

A empresária angolana Isabel dos Santos está em vias de perder mais um grande negócio em Angola. O “Jornal Económico” apurou que, depois da presidência da Sonangol, do negócio dos diamantes e da presidência da Cruz Vermelha, a filha do ex-Presidente da República José Eduardo dos Santos está em vias de ser afastada do Plano Diretor Geral Metropolitano de Luanda, uma vasta empreitada que prevê investimentos públicos na ordem dos 15 mil milhões de dólares (cerca de 12 mil milhões de euros), até 2030.

Segundo uma fonte conhecedora do processo, as autoridades angolanas pretendem retirar ao consórcio de consultores de Isabel dos Santos o contrato para a elaboração do referido plano. A justificação invocada, segundo a mesma fonte, será a alegada incapacidade de execução por parte da empresária, que nos últimos meses tem travado um braço-de-ferro com o novo poder angolano, chefiado pelo Presidente João Lourenço.

Em causa estará não só a coordenação do Plano Diretor, mas também vários projetos milionários relacionados com a sua concretização.

Isabel dos Santos nega implementação do plano

Questionada pelo “Jornal Económico”, fonte oficial de Isabel dos Santos respondeu que a empresária não está envolvida na implementação e gestão deste plano.

No entanto, as notícias publicadas entre 2015 e 2017 sugerem que a empresária teve um papel de destaque na requalificação da capital.

O Plano Diretor de Luanda foi apresentado em dezembro de 2015, com a Urbinvest, sociedade de Isabel dos Santos, como “mentora e coordenadora”. Também o então presidente José Eduardo dos Santos foi citado na imprensa, na altura, afirmando: “Depois de um longo período de estudo e discussão sobre as soluções para modernizar e desenvolver a capital, eis que a Urbinveste, empresa contratada, nos apresenta então uma proposta de plano director que reuniu consenso de todos os intervenientes”. Jornal Económico

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