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Terça, 24 Outubro 2017 12:57

Província do Uíge sem gasolina e preços disparam no mercado informal

A província angolana do Uíge está há três dias sem gasolina, chegando a ser comercializado no mercado informal a 500 kwanzas (2,50 euros) por litro, cenário que se vai repetindo em vários pontos de Angola.

Em declarações à agência Lusa, o padre católico Firmino Kaculo, afeto aos Frades Menores Capuchinhos de Angola, em trabalho naquela província, considerou a situação como preocupante em termos locais, contando que até a sua viagem de regresso para Luanda foi condicionada.

"Estamos aqui no Uíge, à espera que haja gasolina, e só depois podermos partir para Luanda. A província está sem gasolina há quase três dias já, isso desde sábado, domingo e ontem, segunda-feira".

O padre afirma ter constatado que o mercado informal, de rua, já vende cada litro de gasolina a 500 kwanzas, o triplo do preço oficial, e "mesmo assim" também pouco durou, em linha com o relato de situações idênticas noutras províncias, sobretudo no interior de Angola.

"Estamos aqui empatados, mas há promessas que ao fim da tarde as bombas da Pumangol possam ter gasolina e só depois então podermos regressar a Luanda", explicou.

A falta de combustível, concretamente de gasolina, também continua a verificar-se em alguns postos de capital angolana, mas já apenas com casos pontuais, depois das filas de grande dimensão na sexta-feira e sábado, com dezenas de bombas de Luanda sem gasolina para vender.

Num comunicado enviado no sábado à Lusa, a Sociedade Nacional de Combustíveis de Angola (Sonangol) refere que se "registou um atraso de 24 horas na distribuição de combustíveis", especialmente de gasolina, na rede de postos da província de Luanda, devido a "problemas operacionais relacionados com a logística de distribuição", ocorridos na quinta-feira.

"Perante este facto, a Sonangol ativou, de imediato, os seus planos de contingência, que triplicaram o fornecimento de combustíveis aos postos de abastecimento de Luanda, durante as últimas 48 horas", referia a companhia.

A Sonangol admite que a situação levou a um "constrangimento junto dos consumidores finais", que diz ser "fruto de uma perceção da anormalidade no fornecimento dos postos de abastecimento" da capital angolana, "a que acresce a difusão de várias notícias falsas sobre a origem da mesma, o que provocou uma excessiva, e natural, procura de combustíveis".

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