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Sábado, 23 Novembro 2013 21:26

O regime angolano reconhece que Guarda Presidencial matou dirigente da oposição

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A polícia angolana reconheceu que efetivos da Guarda Presidencial mataram um dirigente da oposição, e disse que durante incidentes registados em várias províncias foram detidas 292 pessoas, algumas ainda sob custódia policial.

O anúncio foi feito em conferência de imprensa pelo porta-voz do Comando Geral da Polícia Nacional, subcomissário Aristófanes dos Santos, que apresentou a versão policial dos incidentes registados hoje em vários pontos da capital e nalgumas províncias do país.

Os detidos que ainda se encontram sob custódia policial deverão ser libertados "nas próximas horas", logo que sejam identificados, disse Aristófanes dos Santos.

Relativamente à única vítima mortal reconhecida pela polícia, o porta-voz disse que durante a transferência do referido grupo para o comando da Unidade da Segurança Presidencial (USP), a fim de ser presente ao oficial em serviço que os encaminharia para a polícia, notou, um dos elementos do grupo de nome Manuel Hilberto de Carvalho Ganga, incitado pelos seus companheiros, intentou a fuga, saltando da viatura e, em reacção, um efectivo da Guarnição fez um disparo atingindo o infeliz, que posteriormente veio a falecer no Hospital Josina Machel, não obstante a pronta assistência médica que lhe foi prestada.

"O Comando-Geral da Polícia Nacional lamenta este infausto incidente e apela ao bom senso dos partidos políticos e a população em geral, no sentido de todos contribuírem para um ambiente de paz, harmonia e segurança, “expressou o oficial comissário.

O porta-voz da polícia referiu que o comunicado do Ministério do Interior, datado de 22 de Novembro, alertou os partidos políticos a não realizarem manifestações de carácter político no dia 23 do mês em curso, por não estarem reunidas as condições de segurança ideais ao livre exercício do direito de liberdade e de manifestação previstos no artigo 47º da Constituição da República.

Ainda assim, frisou, “o partido Unita e a CASA-CE, deliberadamente, decidiram realizar a manifestação que haviam programado em todo o território nacional, em clara desobediência às recomendações do Ministério do Interior”.

Aristófanes dos Santos refutou, entretanto, acusações segundo as quais a corporação teria utilizado excessivo da força durante a manifestação. “Não houve necessidade extrema de utilização da força excessiva”.

Luis Carlos

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Last modified on Sábado, 23 Novembro 2013 21:49