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Sábado, 05 Mai 2018 20:42

TAAG perde hegemonia da aviação doméstica

Aeronave do tipo Q400 da fabricante canadiana Bombardier Aeronave do tipo Q400 da fabricante canadiana Bombardier

Com a assinatura de um contrato, para a aquisição de seis aeronaves, entre a nova operadora de voos domésticos, Air Conection Express, e a fabricante canadiana Bombardier, a TAAG perde a hegemonia do mercado interno de aviação.

Rubricado ao princípio da noite deste sábado, em Luanda, por Angola, pelos nove sócios da companhia, enquanto o vice-presidente para África, Médio Oriente e Oceânia, Jean Paul Boudbou, assinou o contrato pela Bombardier, na presença do ministro dos Transportes, Augusto da Silva Tomás.

O consórcio, que tem na TAAG o sócio maioritário, ao lado da ENANA, Bestfly, Air Jet, Air 26, Air Guicango, Diexim, SJL e Mavewa, vai operar a partir de 2019, com aeronaves do tipo Q400.

Ao tomar da palavra em representação do consórcio nacional, Alcinda Pereira disse que este projecto pode vir a definir os próximos 30 anos da indústria em Angola, não só pela forma estruturada como está a ser conduzido, mas porque vai permitir o crescimento da economia nacional.

Considerou que este projecto traz a possibilidade de se viajar a um custo mais baixo e permite um aumento significativo das frequências e ligações a todo o país, o que dita uma nova era da aviação em Angola.

Para o director Comercial da Bombardier, Sammer Adam, a escolha do Q400 é optima, trata-se de uma aeronave com velocidade e desempenho em pistas desafiadoras e em pequenos mercados onde outras aeronaves têm dificuldades, além de permitir uma redução de custos e o aumento da oferta dos serviços, com um forte pacote de suporte.

Nos termos do contrato a Bombardier compromete-se em formar 25 assistentes de bordo, 55 pilotos, 40 mecânicos, entre outros serviços, bem como garante a presença de um representante de campo por 36 meses, de forma a assegurar o inicio da operação da Air Conection Express.

Novos aviões chegam a Luanda em 2019

Quatro novas aeronaves do tipo Q400, das seis solicitadas por Angola à fabricante canadiana Bombardier, devem chegar a Luanda em 2019, disse hoje o ministro dos Transportes.

EXEMPLAR DA AERONAVE BOMBARDIER Q-400 DA AIR EXPRESS

Augusto da Silva Tomás falava, à margem da assinatura do contrato para a aquisição de seis aeronaves, entre a nova operadora angolana de voos domésticos, Air Conection Express, e a canadiana Bombardier.

“Tudo está a ser tratado entre as partes, para que os aviões cheguem ao país o quanto antes, já que delas depende o início das operações, mas em princípio as primeiras quatro chegam em 2019 e as outras duas em 2020”, revelou.

Informou que cada Bombardier, do tipo DH8-Q400, está avaliado em pouco mais de 23 milhões de dólares.

No acto, o ministro anunciou também um ensaio a ser implementado por estes operadores, que vai marcar a abertura de um novo livro na aviação civil e ditar a criação de bases aéreas regionais.

Avançou que as aeronaves vão parquear em quatro bases regionais, designadamente a Base Norte, em Cabinda, Sul - no Lubango, Leste - no Luena (Moxico) e na zona central do país, que terá como base o aeroporto da Catumbela (Benguela), fazendo ponte aérea com Luanda e garantindo o transporte inter-provincial.

“Este ensaio visa dar resposta a preocupação das populações a nível do transporte aéreo, para reforçar a coesão social, económica e territorial do nosso país”, afirmou.

O consórcio é composto por nove accionista, nomeadamente a TAAG, sócio maioritário, ENANA, Bestfly, Air Jet, Air 26, Air Guicango, Diexim, SJL e Mavewa, e está avaliado em 143 milhões e quatrocentos mil dólares americanos, na perspectiva de operar com aeronaves do tipo DH8-Q400.

O projecto resulta de um financiamento montado por um sindicato bancário composto e liderado pelo banco angolano BNI e pelos Bancos de Desenvolvimento Afrexim, sediado no Egipto e EDC – Export Development Canada.

Os dois primeiros financiarão a dívida júnior enquanto o EDC financia a sénior, estando já garantido 90 por cento do capital para a aquisição, havendo a necessidade do “aporte” de 10 por cento por parte dos accionistas e a necessidade de garantia soberana para assegurar o financiamento.

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Last modified on Sábado, 05 Mai 2018 23:34