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Domingo, 15 Mai 2016 00:19

El Salvador diz não reconhecer novo governo do Brasil e convoca embaixadora

Dilma Rousseff e Michel Temer Dilma Rousseff e Michel Temer

'Tomamos uma decisão de não reconhecer esse governo provisório, porque há uma manipulação política', afirma presidente Salvador Sánchez Cerén e o presidente da Venezuela também  pediu ao embaixador do país no Brasil para retornar a Caracas, depois do afastamento de Dilma Rousseff 

O presidente de El Salvador, Salvador Sánchez Cerén, afirmou neste sábado (14/05) que o país não reconhecerá o governo de Michel Temer e que chamará a embaixadora no Brasil de volta ao país. 

"Tomamos uma decisão de não reconhecer esse governo provisório, porque há uma manipulação política, e vamos mandar chamar nossa embaixadora para que volte ao país", disse Sánchez Cerén em discurso neste sábado.

Segundo a agência de notícias AFP, a embaixadora Diana Marcela Vanegas recebeu instruções de não participar de qualquer ato oficial do governo Temer.

Céren afirmou que o ocorrido com Dilma “é um fato que, antes na América Latina, há muitos anos, eram golpes dados pelas forças militares, eram golpes militares. Agora, foi uma destituição pelo Parlamento, pelo Senado”.

Em nota, o governo salvadorenho declarou que o afastamento da mandatária brasileira “confirma as considerações feitas no Brasil, assim como em  nível internacional, no sentido de que assistimos, infelizmente, à configuração de um golpe de Estado”.

Na sexta-feira (13/05), o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, pediu ao embaixador do país no Brasil, Alberto Castellar, para retornar a Caracas, depois do afastamento de Dilma Rousseff da presidência brasileira em um processo que o chefe do governo venezuelano classificou como um "golpe de Estado".

"Avaliamos hoje, eu pedi ao nosso embaixador no Brasil, Alberto Castellar, que viesse a Caracas", informou Maduro em rede nacional de rádio e televisão. 

Também nesta sexta-feira (13), o novo chanceler brasileiro, José Serra, divulgou uma nota na qual rejeita “enfaticamente” a manifestação dos países que questionaram a legalidade do afastamento da presidente Dilma Rousseff.

Castellar, que já estaria em Caracas, se reuniu com Maduro e a chanceler Delcy Rodríguez, o vice-presidente executivo Aristóbulo Istúriz e "vários dirigentes do comando político" do país para analisar os acontecimentos no Brasil.

 "Estivemos avaliando esta dolorosa página da história do Brasil (...) Tentaram apagar a história com uma jogada totalmente injusta com uma mulher que é a primeira presidente que o Brasil teve", disse o líder venezuelano.

Maduro classificou o afastamento como uma "canalhice contra ela (Dilma), contra sua honra, contra a democracia, contra o povo brasileiro".

"Vejam, não acreditem os colegas presidentes ou primeiros-ministros que por serem de partidos da centro-direita, da direita, estão isentos de que o vírus do golpismo tome outra vez a América Latina e com o vírus do golpismo venham as grandes convulsões sociais outra vez (...) Não, não podemos retroceder na história", acrescentou.

 

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