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Sexta, 10 Agosto 2018 14:58

BNA financiou ilegalmente três bancos comerciais e o Estado

Em causa estão empréstimos de mais de 300 mil milhões Kz, pouco menos de 1.900 milhões USD, ao Económico, ao BPC e ao BANC, além de um crédito de 500 milhões USD, contratado junto de uma instituição financeira internacional, que violam a Lei Orgânica do banco central angolano.

Em 2016, o Banco Nacional de Angola (BNA) concedeu empréstimos ilegais ao Estado e ao Banco Económico, ao Banco de Poupança e Crédito e ao Banco Angolano de Negócios e Comércio, denunciou o conselho de auditoria do banco central no relatório e parecer às demonstrações financeiras de 2016 da instituição publicadas esta quarta-feira.

Durante praticamente todo o exercício, o BNA foi governado por Valter Filipe, que substituiu José Pedro de Morais logo no início de Março de 2016. O relatório e contas do BNA de 2016 foi divulgado esta quarta-feira com mais de um ano de atraso. Como o Expansão revelou em primeira mão na edição 469 de 20 de Abril de 2018, o conselho de auditoria escusou-se emitir opinião sobre o documento face à "relevância, densidade e materialidade" dos problemas detectados nas contas.

Ao contrário do órgão que verifica o cumprimento pelo BNA das leis e regulamentos que lhe são aplicáveis e certifica as demonstrações financeiras e respectivos anexos, entre outras missões, os auditores da Ernst & Young (EY) Angola aprovaram o documento embora com reservas.

Entre as reservas apontadas pelos auditores independentes, destaque para um depósito de 40 mil milhões Kz, pouco menos de 250 milhões USD, junto de uma instituição financeira estrangeira que não foi confirmado pela instituição em causa - ver ao lado "os principais gatos detectados nas contas do BNA de 2016". Expansão

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