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Segunda, 09 Fevereiro 2015 14:53

Sam Smith, vencedor do Grammy, se destaca por voz poderosa e emotiva

Saiba mais sobre artista de 22 anos que foi maior premiado no domingo. Cantor gay se inspirou em amor não correspondido em álbum de estreia.

A voz poderosa de Sam Smith, revelação do Grammy 2015, que aconteceu neste domingo (8), é uma das maiores esperanças da indústria musical para seu futuro incerto. Ele foi o maior vencedor da noite, com quatro troféus, superando Beyoncé, Pharrell Williams e outros. Baladas soul emotivas, com alta dose de dor de cotovelo, são marcas do londrino de 22 anos. A revista "Billboard" definiu Sam Smith assim: "Ele tem uma presença vocal magnética".

Seu primeiro disco, "In the lonely hour", do hit "Stay with me", foi inspirado por um amor não correspondido por um homem. Em 2014 ele esclareceu ao site The Fader que é gay, mas não quer restringir o trabalho: "Faço músicas que podem ser sobre qualquer pessoa - um cara, uma mulher, uma cabra - e que todos possam se identificar."

De barman a estrela

O vozeirão, que vai de graves encorpados a agudos arrebatadores, já era notado desde antes do primeiro disco. Ele cantou no sucesso "Latch", do Disclosure, de 2012, e "La la la", do Naughty boy, em 2013. No início de 2014 foi apontado como maior promessa britânica musical do ano, na tradicional lista Sound Of, da BBC. Mas não foi tão fácil: antes de ser cantor profissional, ele chegou a trabalhar durante três anos como barman em Londres.

São inevitáveis as comparações com Adele, outra estrela londrina atual que não é magra como a maioria dos popstars, e canta sobre amores frustrados. Sam Smith admite que a ouve desde os 16 anos e a considera como "um Michael Jackson". "Mas somos diferentes, e me irrita quando as pessoas não conseguem digerir dois popstars que cantam canções muito pessoais e não parecem estrelas", disse à "Rolling Stone".

Sam Smith diz que sofreu bullying na adolescência por ser gay. Uma de suas atitudes em defesa dos homossexuais é se recusar a tocar na Rússia - "o que eles fazem com os gays lá é horrível", ele diz.

Em meio a tantas boas notícias na breve carreira, Sam Smith teve um revés, mas de repercussão controlada. O hit "Stay with me" foi identificado como plágio de "I won't back you down", de Tom Petty. Ele chegou a um rápido acordo, que reconheceu os compositores da outra faixa como coautores da sua. Tom Petty ainda o defendeu, dizendo que a semelhança não foi intencional: "Um acidente musical, nada mais. Desejo a Sam Smith o melhor".

'Meio operístico'

Sobre a voz, ele tenta dar uma definição técnica: "Não é falsete, é apenas voz do peito. Só uso este poder. Às vezes uso a emissão da cabeça. É difícil explicar. Apenas canto... Sou técnico, mas não sei direito como, porque nunca ouvi isso com outros cantores homens", disse à "Rolling Stone". "É meio 'operístico' o jeito que eu canto, às vezes".

Taylor Swift, uma de suas fãs, explicou o poder de Sam Smith de um jeito melhor: "As pessoas só querem algo real para escutar. E a vulnerabilidade que Sam expõe é vista como corajosa, porque é autêntica". Ele já prepara um segundo disco, que vai ser "ainda mais cru e honesto".

G1

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