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Sexta, 09 Março 2018 13:54

Depósitos sob reserva do BNA descem para 4,1 mil milhões de euros em janeiro

O volume de depósitos em moeda nacional e estrangeira dos bancos comerciais angolanos sob reserva do Banco Nacional de Angola (BNA) desceu ligeiramente em janeiro, cerca de 1% face a dezembro, mas mantém-se em máximos de vários meses.

Segundo dados preliminares do Banco Nacional de Angola (BNA) sobre o panorama monetário angolano, compilados hoje pela agência Lusa, estas reservas obrigatórias feitas desceram em janeiro para 1,081 biliões de kwanzas (4,1 mil milhões de euros), o segundo mês de aplicação das novas regras.

Em dezembro de 2017, o volume de depósitos em moeda nacional e estrangeira cifrava-se em 1,090 biliões de kwanzas (5.850 milhões de euros, à taxa de câmbio de 31 de dezembro).

Os bancos comerciais que operam em Angola são obrigados a informar regularmente o banco central sobre estas reservas, que envolvem depósitos e operações com títulos.

Em causa nestes dados estava a obrigatoriedade de os mais de 20 bancos comerciais que operam em Angola constituírem reservas sobre os depósitos à ordem do BNA, que fixou taxas de 15% do total em moeda estrangeira e 30% em moeda nacional.

Já em dezembro de 2017, o banco central reduziu para 21% o coeficiente de reservas obrigatórias aplicadas a depósitos dos clientes dos bancos comerciais, em moeda nacional, uma das medidas com que pretendia travar a subida da inflação, que a um ano ronda os 25%.

Na denominada "reserva bancária" contavam-se no final de janeiro de 2018 depósitos obrigatórios em moeda estrangeira que subiram para 151.507 milhões de kwanzas (575 milhões de euros) e em moeda nacional, que neste caso caíram, face a dezembro, para 746.332 milhões de kwanzas (2.830 milhões de euros), estando os restantes em regime de reserva livre.

Nos últimos cinco anos - período disponibilizado na análise do BNA -, o valor total mais baixo destas reservas bancárias registou-se em 2012, com 671.325 milhões de kwanzas (2.544 milhões de euros).

Angola vive uma grave crise financeira e económica, decorrente da quebra da cotação do barril de crude no mercado internacional, situação que se reflete ainda na falta de divisas no país, o que dificulta nomeadamente as importações, provocando várias restrições na gestão de moeda estrangeira.

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