A moeda angolana, declarou, é a mais sobrevalorizada das cerca de 50 moedas que foram analisadas numa nota de pesquisa citada pela Bloomberg, apesar de se ter desvalorizado em 40 por cento face ao dólar desde meados de 2014, sendo necessários 166 kwanzas para comprar um dólar no mercado oficial de câmbios, contra 430 no informal.
Uma depreciação do kwanza na ordem dos 30 por cento durante este ano pode melhorar os desequilíbrios cambiais de Angola e garantir que a dívida pública externa se mantenha controlada, considerou Kaan Nazli.
O Banco Nacional de Angola anunciou quarta-feira a adopção de um regime cambial que permite a flutuação do kwanza, institui leilões e põe fim à venda directa de divisas.
Angola, notou, segue o exemplo de outras nações emergentes, abandonando a indexação à principal moeda mundial, como a Rússia, Egipto, Cazaquistão ou Nigéria, que optaram pela oscilação da sua moeda para tentar evitar a falta de liquidez de dólares e reanimar o crescimento económico.
Num outro momento, o analista prevê que, para abordar o problema da dívida pública, o Governo se vai dedicar mais à renegociação da contraída pela Sonangol e aos empréstimos chineses, que aos títulos em moeda estrangeira, os quais constituem a parte menos significativa da dívida pública angolana. JA
