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Quarta, 03 Janeiro 2018 18:30

Governo angolano reconhece difícil quadro económico do país

A economia angolana apresenta uma despesa superior à receita, com resultados de sucessivos défices orçamentais, um diferencial cambial elevado, um endividamento crescente e a estagnação das taxas de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), reconheceu hoje o Governo.

O quadro da economia angolana foi hoje divulgado pela equipa económica do Governo de Angola, em conferência de imprensa liderada pelo ministro de Estado do Desenvolvimento Económico e Social, Manuel Nunes Júnior.

"Com estas características o país está a viver uma situação de fraco ou mínimo crescimento económico, associado a um ambiente em que prevalecem altas taxas de inflação", disse Manuel Nunes Júnior, quando apresentava uma síntese do Programa de estabilização Macroeconómica de Angola para 2017-2018.

Segundo o governante angolano, para fazer face à situação, torna-se necessário levar a cabo uma política de estabilização macroeconómica, que seja capaz de fazer os ajustes fiscais, ou seja, a redução dos gastos aos níveis adequados e os ajustes do mercado cambial de modo a torná-lo mais flexível.

Manuel Nunes Júnior referiu que Angola está perante uma situação de fraco crescimento económico, com altas taxas de inflação, salientando que apesar do baixo crescimento em 2016 (0,1%), não significa uma recessão económica, mas "uma taxa de crescimento baixa, quase zero".

"É preciso fazer face a essa situação, temos que tomar as medidas necessárias para reduzir a inflação e também tornar o crescimento económico mais impetuoso e é isto que vamos fazer com este programa", referiu.

Numa primeira fase fazer com que a inflação seja reduzida e criarmos as condições necessárias para que o investimento privado possa ter lugar e que "Angola possa ter taxas de crescimento mais vigorosas, ao mesmo tempo que trabalhar para diminuir os níveis de inflação que até agora prevalecem no país.

Manuel Nunes Júnior frisou que vão ser adotadas medidas do ponto de vista fiscal, isto é, redução das despesas, o fundamental, e ajustes necessários ao mercado cambial, de modo que possa torná-lo "mais estável e menos segmentado".

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